Agronegócio
EM ALTA – Carne bovina de MT atinge maior valor de exportação desde outubro de 2022
Agronegócio

O preço médio da carne bovina exportada por Mato Grosso em maio superou, pela primeira vez desde outubro de 2022, a marca de US$ 4.000 por tonelada. De acordo com o boletim semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o valor alcançou US$ 4.067,99 no mês passado, o equivalente a R$ 22.577,34.
“Essa valorização reconhece o trabalho do setor na produção da carne mato-grossense. Nosso objetivo não é apenas ampliar as exportações, mas também garantir que essa proteína animal conquiste maior valorização no mercado internacional”, afirma o diretor de Projetos do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Bruno de Jesus Andrade.
Em maio, Mato Grosso exportou 65,8 mil toneladas em equivalente carcaça, o segundo maior volume registrado em 2024. A China segue como principal destino da carne bovina mato-grossense, responsável por 54,8% das exportações. O país asiático também foi o que pagou o maior preço médio no período: US$ 4.075,43 por tonelada.
“As perspectivas são positivas. Esperamos que a demanda continue aquecida no segundo semestre, especialmente com a continuidade da forte atuação da China, que deve seguir impulsionando os preços e os volumes exportados”, avalia Andrade.
Outro fator que deve contribuir para o crescimento das exportações é a abertura de novos mercados. Em maio, o Governo Federal conquistou a aprovação do certificado sanitário que autoriza a exportação de carne bovina brasileira para as Bahamas.
“A entrada em novos mercados reflete o alto nível de confiança das autoridades internacionais no sistema sanitário brasileiro, um dos mais rigorosos do mundo. Isso fortalece nossa posição como fornecedor seguro e confiável, não apenas para as Bahamas, mas também para destinos estratégicos como China, Estados Unidos e Emirados Árabes”, destaca o diretor do Imac.
*World Meat Congress*
Para discutir a expansão dos mercados para a proteína animal, será realizado em outubro, em Mato Grosso, o World Meat Congress (Congresso Mundial da Carne). Esta será a primeira vez que o evento acontece no Brasil, sendo um dos maiores do setor.
O congresso reunirá produtores, indústrias, representantes governamentais e acadêmicos para debater temas relevantes, como novas tecnologias, sustentabilidade, monitoramento dos rebanhos, saúde animal e estratégias de comunicação com as novas gerações.
Entre os palestrantes internacionais já confirmados estão o presidente da International Meat Secretariat (IMS), Juan José Grigera Naón; o vice-reitor da Harper Adams University, Michael Lee; o diretor de Estratégia do Meat Institute, Eric Mittenthal; e o diretor executivo da National Cattlemen’s Beef Association (NCBA), Kent Bacus.
O World Meat Congress será realizado em Cuiabá, entre os dias 27 e 30 de outubro. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo site: https://materiais.imac.agr.br/wmc-world-meat-congress

Agronegócio
Mamona avança na regeneração do solo na BA e MT
Uso dessa cultura em rotação reduz compactação e melhora a retenção de água do solo

O uso de mamona em sistemas de rotação de culturas tem avançado no Cerrado, principalmente na Bahia e Mato Grosso, e mostra resultados positivos de regeneração do solo, com benefícios em termos de redução da compactação e aumento da retenção de água.
Igor Borges, head de sustentabilidade da ORÍGEO, joint venture entre Bunge e UPL, voltada à agricultura sustentável no MATOPIBAPA, Mato Grosso e Rondônia, explica que a mamona tem sistema radicular desenvolvido, o que ajuda a descompactar o solo e a controlar naturalmente nematoides. “Ela se encaixa bem em programas regenerativos, auxiliando também a recuperação de pastagens degradadas.”
Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram que o cultivo de mamona no Brasil chegou a 64,2 mil hectares na safra 2024/25, com crescimento de 9,4% em relação ao ciclo anterior. A produtividade média também subiu, passando de 1.484 kg/ha para 1.693 kg/ha. A Bahia se destaca com colheita de 36,3 mil toneladas, seguida por Mato Grosso, com 1.814 toneladas. O mercado também puxa o crescimento da cultura. Em janeiro, a saca de mamona passou de R$ 199,70 para R$ 272,50, valorização de 36%.
“A mamona demanda menos água para fechamento do seu ciclo em relação a outras culturas utilizadas no cerrado e ainda contribui para uma estruturação mais eficiente do solo e maior retenção hídrica, principalmente em áreas de baixa fertilidade”, explica o head de sustentabilidade da ORÍGEO.
A ORÍGEO tem incentivado o uso dessa oleaginosa como parte de seus programas de agricultura regenerativa, focado na entressafra e com orientação técnica para produtores em estados do MATOPIBAPA, Mato Grosso e Rondônia. “A diversificação com culturas menos tradicionais gera ganhos de produtividade, melhora a saúde do solo, quebra de ciclo de pragas e doenças e proporciona maior estabilidade às mudanças climáticas”, finaliza Igor.
Sobre a Orígeo
Fundada em 2022, ORÍGEO é uma joint venture de Bunge e UPL e está comprometida com o produtor e o seu legado na terra, oferecendo um conjunto de soluções sustentáveis e técnicas de gestão – antes e depois da porteira. A empresa fornece soluções de ponta a ponta para grandes agricultores de Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rondônia e Tocantins, valendo-se do conhecimento de equipes técnicas altamente qualificadas, com foco em aumento de produtividade, rentabilidade e sustentabilidade. Para mais informações, acesse origeo.com
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