Agronegócio

GOVERNO LULA-Plano Safra 25/26 vai disponibilizar R$ 89 bilhões para agricultura familiar

Iniciativa amplia crédito com juros mais baixos para produtores rurais; montante é destinado a políticas de crédito rural, compras públicas, seguro agrícola, assistência técnica, garantia de preço mínimo, entre outras ações.

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Em cerimônia no Palácio do Planalto, o Governo Federal anunciou, nesta segunda-feira (30), que vai disponibilizar R$ 89 bilhões de crédito aos produtores rurais por meio do Plano Safra 2024/2025. Do total, R$ 78,2 bilhões são do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) – o que representa um aumento de 47,5% do crédito rural para a agricultura familiar em comparação ao último governo.

De acordo com o governo, os juros variam de 0,5% a 8% ao ano no Pronaf.

No evento, o ministro do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou que o montante representa um recorde histórico de recursos para o Pronaf e juros negativos para a produção de alimentos.

“Queremos que todo agricultor possa ter dignidade, possa ter conforto no trabalho, no campo, para produzir alimentos para colocar nas mesas do povo brasileiro”, afirmou o ministro.

O governo anunciou que manteve a taxa de juros de 3% para financiar a produção de alimentos da cesta básica, como arroz, feijão, mandioca, frutas, verduras, ovos e leite. A taxa deve cair para 2% quando o cultivo for proveniente da sociobiodiversidade, agroecologia ou se for orgânico.

Entre as novidades do crédito rural, o novo Pronaf B Agroecologia estabelece que o microcrédito agora pode financiar sistemas agroecológicos, em transição e orgânicos.

Conforme o governo, agora todos os bancos passaram a ter microcrédito orientado, como o Banco da Amazônia – com foco na sustentabilidade e no apoio aos pequenos e médios produtores. A linha de crédito oferece condições especiais para aquisição de equipamentos, por exemplo.

Do total de recursos relacionados ao seguro agrícola, R$ 1,1 bilhão foram destinados para o Garantia-Safra e R$ 5,7 bilhões para o Proagro Mais. Outros R$ 3,7 bilhões foram destinados às compras públicas de produtos da agricultura familiar e R$ 240 milhões para assistência técnica.

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O balanço do governo aponta que a soma dos últimos dois Planos Safra totaliza mais de R$ 225 bilhões de crédito rural destinado à agricultura familiar. Para a atual safra foram criadas linhas para apoiar a agroecologia, irrigação sustentável, adaptação às mudanças climáticas, quintais produtivos rurais, conectividade e acessibilidade no campo.

O evento em Brasília contou com a participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, entre outras autoridades.

Mecanização 

O novo Plano Safra da Agricultura Familiar oferece mais incentivos para a mecanização, no contexto do Programa Mais Alimentos.

Na nova linha de mecanização, o limite para a compra de máquinas e equipamentos menores foi ampliado de R$ 50 mil para R$ 100 mil. Além disso, houve a manutenção da taxa de juros de 2.5%.

Já para as máquinas maiores, de até R$ 250 mil, a taxa de juros é de 5%.

Outra novidade foi o lançamento do Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara) – cujo decreto foi assinado durante a cerimônia. O objetivo é incentivar práticas agrícolas mais seguras e saudáveis.

O programa prevê ações integradas de pesquisa científica, monitoramento de resíduos de agrotóxicos em alimentos e no ambiente. Outro eixo é incentivar o desenvolvimento da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). Além disso, será dedicado à ampliação do uso de bioinsumos – ou seja, com atuação pela substituição do uso de agrotóxicos por produtos biológicos.

Adaptação às mudanças climáticas no contexto da irrigação sustentável

Com vistas a apoiar os produtores a se adaptarem às adversidades climáticas, os produtores rurais poderão contar com uma linha de crédito destinada à irrigação com energia solar e práticas adaptadas ao clima pelo Pronaf Adaptação às Mudanças Climáticas.
Programa Nacional de Irrigação Sustentável

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A ideia é promover irrigação eficiente, energia limpa e agroecologia, com oferta de assistência técnica, extensão rural e acesso à água aos agricultores.

Confira como será a linha de crédito para irrigação adaptadas ao clima:

●    Limite de até R$ 40 mil (Pronaf Semiárido e adaptação às mudanças climáticas)
●    até R$ 100 mil (Pronaf Mais Alimentos)
●    até R$ 250 mil (Pronaf Bioeconomia)
●    Juros de 3% ao ano (Pronaf Semiárido e Pronaf Bioeconomia) ou 2,5% (Pronaf Mais Alimentos) e prazo de reembolso de até 10 anos, com carência de até 3 anos

O Programa Nacional de Irrigação Sustentável teve o decreto assinado durante o evento e é uma ação conjunta dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), do Ministério de Minas e Energia (MME) e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

Lançamentos com decretos assinados no evento 

Além do decreto que viabiliza o Pronara e o programa de irrigação sustentável, o presidente Lula e os ministros envolvidos nas iniciativas também assinaram os decretos sobre outros programas destinados ao apoio à agricultura familiar no Brasil. Confira os lançamentos:

Programa de Transferência de Embriões: uma iniciativa pioneira para estimular a inovação da cadeia leiteira, com promoção da qualidade genética para garantir maior produtividade;

Programa SocioBio Mais: um substituto do PGPM-Bio com vistas a garantir o pagamento fixo para três produtos da sociobiodiversidade, sendo: babaçu, pirarucu e borracha. Para esta finalidade foram destinados R$ 42,2 milhões para garantia de preço mínimo desse setor.

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Está marcado para esta terça-feira (1º) o anúncio do Plano Safra 2025/2026 para o agronegócio, com crédito rural e programas destinados a médios e grandes produtores do país.

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Mamona avança na regeneração do solo na BA e MT

Uso dessa cultura em rotação reduz compactação e melhora a retenção de água do solo

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O uso de mamona em sistemas de rotação de culturas tem avançado no Cerrado, principalmente na Bahia e Mato Grosso, e mostra resultados positivos de regeneração do solo, com benefícios em termos de redução da compactação e aumento da retenção de água.

Igor Borges, head de sustentabilidade da ORÍGEO, joint venture entre Bunge e UPL, voltada à agricultura sustentável no MATOPIBAPA, Mato Grosso e Rondônia, explica que a mamona tem sistema radicular desenvolvido, o que ajuda a descompactar o solo e a controlar naturalmente nematoides. “Ela se encaixa bem em programas regenerativos, auxiliando também a recuperação de pastagens degradadas.”

Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram que o cultivo de mamona no Brasil chegou a 64,2 mil hectares na safra 2024/25, com crescimento de 9,4% em relação ao ciclo anterior. A produtividade média também subiu, passando de 1.484 kg/ha para 1.693 kg/ha. A Bahia se destaca com colheita de 36,3 mil toneladas, seguida por Mato Grosso, com 1.814 toneladas. O mercado também puxa o crescimento da cultura. Em janeiro, a saca de mamona passou de R$ 199,70 para R$ 272,50, valorização de 36%.

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“A mamona demanda menos água para fechamento do seu ciclo em relação a outras culturas utilizadas no cerrado e ainda contribui para uma estruturação mais eficiente do solo e maior retenção hídrica, principalmente em áreas de baixa fertilidade”, explica o head de sustentabilidade da ORÍGEO.

A ORÍGEO tem incentivado o uso dessa oleaginosa como parte de seus programas de agricultura regenerativa, focado na entressafra e com orientação técnica para produtores em estados do MATOPIBAPA, Mato Grosso e Rondônia. “A diversificação com culturas menos tradicionais gera ganhos de produtividade, melhora a saúde do solo, quebra de ciclo de pragas e doenças e proporciona maior estabilidade às mudanças climáticas”, finaliza Igor.

Sobre a Orígeo  

Fundada em 2022, ORÍGEO é uma joint venture de Bunge e UPL e está comprometida com o produtor e o seu legado na terra, oferecendo um conjunto de soluções sustentáveis e técnicas de gestão – antes e depois da porteira. A empresa fornece soluções de ponta a ponta para grandes agricultores de Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rondônia e Tocantins, valendo-se do conhecimento de equipes técnicas altamente qualificadas, com foco em aumento de produtividade, rentabilidade e sustentabilidade. Para mais informações, acesse origeo.com

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