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Anuário do Cooperativismo de Mato Grosso 2025: dados revelam força e projetam futuro de R$ 100 bilhões
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O Anuário do Cooperativismo de Mato Grosso 2025 revela a força e a resiliência de um modelo de negócio sustentável que demonstra sua prosperidade e solidez mesmo diante de um cenário global desafiador. O documento, que detalha os resultados de 2024, mostra que o protagonismo coletivo tem feito toda a diferença no estado, com a projeção de que o setor alcance R$ 100 bilhões em ingressos, que são receitas geradas pelas cooperativas, até 2027, um expressivo crescimento de 208,55% em relação a 2024. Os resultados de 2024 são a prova da relevância do movimento. O estado conta atualmente com 171 cooperativas registradas no Sistema OCB/MT e cerca de 1,79 milhão de cooperados, distribuídos por diversos setores. Ou seja, quase metade da população do estado, está ligada a uma cooperativa. O ramo agropecuário lidera com 72 cooperativas, seguido por Trabalho, Produção de Bens e Serviços (TPBS) com 34, Transporte com 25 e Crédito com 19. O cooperativismo é um pilar robusto da economia mato-grossense. O setor registrou R$ 47,95 bilhões em ingressos em 2024, um crescimento significativo de 19,64% em relação ao ano anterior. Na frente de empregos, o setor é um grande empregador, com a criação de mais de 15 mil empregos diretos, um aumento de 55,55% desde 2020. A longevidade das cooperativas reforça a resiliência do modelo: 76 delas têm mais de 20 anos de atuação, superando desafios e prosperando. O impacto vai muito além dos resultados financeiros. O modelo cooperativista se diferencia dos tradicionais por reter a riqueza na própria comunidade: as sobras são reinvestidas no município, já que os cooperados são moradores locais. Em 2024, por exemplo, R$ 118 milhões das sobras foram destinados ao Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (FATES). A união para ganhar escala é uma característica marcante. Pequenos produtores e empreendedores unem suas forças para alcançar um volume de negócio que seria impossível individualmente, o que possibilita a compra de insumos em grande quantidade, venda conjunta de produtos e acesso a taxas de juros mais acessíveis. Além disso, as cooperativas são movidas por um propósito e suporte humano, atendendo a nichos de mercado e democratizando o acesso a serviços financeiros em 45 municípios, onde são a única instituição. Esses resultados representam apenas uma parte do conteúdo completo do Anuário do Cooperativismo de Mato-grossense 2025. O documento traz uma análise aprofundada de como o cooperativismo se distingue em relação a outros modelos de negócio, seus investimentos em inovação, o papel na inclusão de pequenos produtores e na promoção da participação de mulheres e jovens. Para aprofundar a leitura e conhecer todos os dados que consolidam o cooperativismo como uma alternativa eficiente e sustentável de geração de renda, emprego e desenvolvimento local, acesse o Anuário do Cooperativismo de Mato Grosso 2025. *Frederico Azevedo é superintendente do Sistema OCB/MT. O Sistema OCB/MT é a representação oficial das cooperativas em Mato Grosso, formado pela OCB/MT, Sescoop/MT e pela Federação de Sindicatos de cooperativas que atua nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Distrito Federal (FECOOP CO-TO). Nossa missão é fortalecer, representar e desenvolver o cooperativismo mato-grossense por meio do modelo de autogestão. |

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COP30: executivo lista 3 desafios logísticos que estarão em pauta

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, conhecida como COP30, que será realizada de 10 a 21 de novembro em Belém (PA), deve receber mais de 40 mil visitantes, incluindo líderes mundiais, cientistas e representantes da sociedade civil. Pela primeira vez no Brasil, o evento terá como foco principal ações para enfrentar as mudanças climáticas, evidenciando os setores energético, industrial e logístico.
No âmbito do transporte, o Brasil enfrenta desafios estruturais significativos. A matriz nacional é marcada pela predominância do modal rodoviário, responsável por mais de 65% da movimentação de cargas, segundo o Plano Nacional de Logística 2025. Este desequilíbrio reforça a necessidade de uma readequação estratégica e urgente do setor, com o intuito de promover maior competitividade e desenvolvimento econômico sustentável.
Fato é que o Brasil ainda não adequou seu modelo de transporte à sua vocação natural. Com mais de oito mil quilômetros de costa e uma infinidade de oportunidades navegando diante dos olhos, a cabotagem se apresenta como peça-chave da integração multimodal, interligando cidades e estados de forma eficiente e sustentável.
Para fomentar a discussão da cadeia logística ao longo do evento, é indispensável abordar os atuais desafios logísticos da cadeia nacional, são eles: desequilíbrio da matriz de transportes, infraestrutura inadequada e altos custos operacionais. No entanto, antes de debatermos esses tópicos, vale destacar que o desenvolvimento econômico e social de qualquer território depende diretamente da intensidade, densidade e qualidade da sua rede de transportes, reforçando assim a importância da multimodalidade, em que cada modal atua em conjunto, de acordo com a distância a ser percorrida.
Quando falamos da falta de investimentos em infraestrutura, há estudos que apontam, por exemplo, que o Brasil investe menos do que deveria em infraestrutura logística e, como resultado, o sistema tende a ser ainda mais oneroso. Projeções do ILOS apontam que, em 2024, os gastos com transporte no país superaram R$940 bilhões, com alta de quase 7% em relação ao ano anterior.
O baixo investimento em infraestrutura de transportes, aliado à falta de diretrizes estratégicas no planejamento logístico, resultam em um sistema que encarece a produção. Não à toa, quando limitamos tanto a produtividade quanto a competitividade, esta ineficiência compromete a resiliência frente a eventos climáticos.
Por outro lado, o Brasil possui uma matriz ineficiente e marcada por gargalos, com excesso de dependência do transporte rodoviário e menor participação das ferrovias e hidrovias. Quando consideramos as dimensões territoriais do país, o grande volume de commodities transportadas e o alto custo da manutenção do transporte rodoviário, conseguimos enxergar no aquaviário uma alternativa mais econômica e sustentável.
Embora todos os modais sejam essenciais para a logística nacional, o segredo consiste em utilizá-los no momento certo, na rota adequada e de forma combinada. Sendo assim, apostar na multimodalidade fortalece o princípio da complementaridade da matriz de transportes, promovendo maior equilíbrio e considerando sempre as distâncias a serem percorridas, ou seja, da origem ao destino final de cada mercadoria.
O maior componente dos custos logísticos é justamente o transporte. Influenciado por fatores como o preço do combustível, manutenção, mão de obra e a falta de otimização de rotas, os gastos operacionais estão muito acima da média global, inclusive com um percentual do PIB que pode ser mais que o dobro do observado nos Estados Unidos.
Os custos elevados do setor impactam na competitividade das empresas brasileiras e, sobretudo, no aumento do preço final do produto que é repassado ao consumidor, encarecendo assim diversos bens. Portanto, enquanto não houver investimentos consistentes em infraestrutura e incentivo à multimodalidade, seguiremos reféns de um modelo caro e ineficiente. Reduzir os custos logísticos não é apenas uma demanda do setor, mas uma condição essencial para melhorar a competitividade do Brasil no cenário global.
*Fabiano Lorenzi é CEO da Norcoast, empresa brasileira de navegação costeira. Com mais de 20 anos de experiência em infraestrutura de transportes, o executivo acumula sólida experiência em gestão de logística, tendo sido, ao longo dos últimos três anos, diretor comercial e operacional da Norsul. Além disso, atuou em outras importantes empresas do setor industrial do país, como VLI, Vale e Log-In. |
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