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Aromas, limpeza e saúde: o que ninguém te contou sobre a toxicidade dentro do seu lar
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Não faz tanto tempo assim que as coisas eram diferentes. Os ingredientes nos rótulos eram compreensíveis, os perfumes vinham de flores de verdade e os produtos de limpeza não causavam dúvida. Até o queijo… era só queijo. Mas com o passar dos anos, a indústria trocou o natural pelo sintético — e o resultado, infelizmente, a gente sente no corpo.
Eu sempre me pergunto: o que será que a gente está realmente respirando dentro da nossa própria casa? A maior parte das pessoas nem imagina que, hoje, estamos expostos a centenas de substâncias químicas todos os dias. A maioria está em coisas simples: o cheirinho do banheiro, o talco do colchão, o sabão em pó que a gente escolhe pelo “perfume que fica na roupa”. Acreditem: um simples spray de ambiente pode liberar mais de 100 contaminantes químicos, e a gente nem desconfia e pensa que está deixando a casa “mais limpa”.
Vou contar para vocês a história da Lauren, que me marcou profundamente. Essa é uma história real de uma mãe de nove filhos e enfermeira de UTI. Uma mulher experiente, com anos de prática cuidando da vida de outras pessoas, mas nada disso a preparou para o que ela viveu com sua filha mais nova, diagnosticada com um problema respiratório grave aos nove meses de idade.
Ela tentou de tudo, inúmeros medicamentos, especialistas, terapias e nada funcionava. Ela se viu em uma situação desesperadora quando um médico falou para ela que não sabia mais o que fazer para ajudar a sua filha. Foi nesse ponto de dor que ela decidiu olhar para dentro de casa. O que será que havia ali que estava interferindo na saúde da filha?
A resposta estava nos pequenos detalhes. A Lauren amava que os filhos estivessem cheirando a talco, então toda vez que ela ia trocar o lençol, ela espalhava talco no colchão para ficar bem limpinho e cheiroso. Mas, assim como nós não percebemos o quanto isso tudo é tóxico, a Lauren não sabia que essa rotina para que a casa ficasse cheirosa e “limpinha” era o que na verdade estava causando a doença respiratória da sua filha.
Foi só quando ela mudou esses hábitos, substituindo por produtos naturais e começando a usar óleos essenciais com consciência, que a saúde da filha começou a melhorar. E junto com isso, veio uma transformação completa no estilo de vida da família. É importante termos consciência que vivenciamos uma rotina muito tóxica em nossas casas.
“Mas é só um cheirinho.” Eu escuto isso muito. Mas a verdade é que não é só um cheirinho.
Ftalatos, parabenos, corantes artificiais, derivados de petróleo, enfim, muitos dos ingredientes usados hoje em cosméticos e produtos de limpeza interferem diretamente na nossa saúde hormonal, no sistema nervoso e até no desenvolvimento das crianças.
Talvez você já tenha percebido sinais no seu corpo como cansaço inexplicável, alergias, insônia, TPM intensa, dificuldade de engravidar, e tudo isso pode ter ligação com o ambiente onde você vive. Nosso corpo está pedindo socorro e ele grita de forma silenciosa, com sintomas, cansaço, desconfortos que parecem normais, mas não são.
Eu não estou aqui pra te assustar, mas pra te ajudar. Eu sei que a vida é corrida. Também sou mãe, trabalho, estudo, dou conta de mil coisas, por isso, meu objetivo é mostrar que mudar não precisa ser complicado. Você não precisa eliminar tudo de uma vez, mas pode começar pelas pequenas escolhas.
A solução está nas suas mãos. Literalmente. Você pode começar pela gaveta do seu banheiro, pelo armário da cozinha, pode olhar os rótulos com mais atenção, pode buscar alternativas e fazer escolhas mais conscientes. Sabia, por exemplo, que dá pra fazer o seu próprio desodorante ou limpador multiuso com três ingredientes simples? E tudo isso em menos de uma hora por mês?
Não precisa ser expert, só precisa querer mudar. E me coloca à disposição para te guiar nesse caminho. Sigo aqui, com muita pesquisa e experiência de vida para compartilhar boas soluções com simplicidade, empatia e com tudo que aprendi ao longo dos anos. Porque como eu sempre digo, eu gosto dos meus produtos como gosto das pessoas, não tóxicos.
Por Tabata Mazetto, psicóloga e aromaterapeuta

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Por que tantas mulheres se perdem em amores tóxicos?

Meu coração aperta. Dói.
Para cada notícia de feminicídio – o ápice mais brutal da violência contra a mulher – sei que há centenas de histórias silenciosas. Mulheres que respiram diariamente o peso sufocante de relações tóxicas. Elas não ganham espaço nas manchetes, mas têm suas almas feridas dia após dia por humilhações, manipulações e ameaças.
Desde cedo, ouvimos que precisamos ser “escolhidas”. Que nosso valor está em ter e manter um relacionamento. Como se houvesse um vazio que só um “amor” pudesse preencher — mesmo quando esse amor nos aprisiona. Herdamos de uma sociedade machista a ideia de que devemos nos moldar ao desejo do outro e aceitar migalhas para sermos vistas como “boas o suficiente”.
É assim que nos sujeitamos a críticas disfarçadas de cuidado, ao ciúme possessivo travestido de amor, ao afastamento sutil de tudo que nos conecta à nossa essência. Toleramos o intolerável, anulamos nossos limites e sufocamos nossa própria voz.
E a pergunta que tantas mulheres se fazem é: “Por que não saí antes?” O medo paralisa. Ele é um dos principais motivos por trás da permanência. É o peso invisível de uma cultura que nos ensina que nosso papel é aguentar.
E eles sabem como desestabilizar: nos chamam de loucas, exageradas, nos silenciam. Controlam não só nossas emoções, mas também nossas finanças, tratando nosso próprio dinheiro como se não fosse nosso. O silêncio punitivo é usado como arma: isola, confunde e destrói.
Mas é preciso lembrar: não há amor onde há controle. O verdadeiro amor liberta, acolhe, respeita. E ninguém precisa aceitar menos do que merece.
A violência contra a mulher tem muitas faces: física, psicológica, moral, patrimonial. E todas elas são reconhecidas como crime. A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) é um instrumento de proteção real. Ela reconhece que a dor emocional também fere, que a ameaça também mata, que o controle também oprime.
Buscar ajuda não é fraqueza, é coragem. É o primeiro passo para retomar sua vida. Se você ou alguém que você conhece precisa de apoio, procure os recursos disponíveis: serviços de acolhimento, delegacias da mulher, defensoria pública, centros de apoio psicológico. Você não está sozinha. Que a dor se transforme em voz. Que o silêncio seja rompido. E que cada mulher saiba: sua liberdade é inegociável.
*Jacqueline Cândido de Souza é advogada e servidora pública dedicada, engajada na defesa dos direitos das mulheres e na promoção da igualdade de gênero.
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