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”Bomba” Delator entrega grandes bancos incluindo Itaú

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Abrate acusa os bancos que trabalhavam com a Americanas de ocultar intencionalmente as informações das dívidas do risco sacado da empresa — foi por meio do risco sacado que boa parte das fraudes nos balanços da empresa era cometida.

Segundo a denúncia do MPF, Abrate disse que “as operações de risco sacado, ao longo do tempo, foram sendo desvirtuadas pela Americanas, com o consentimento dos bancos”.

Os bancos que Abrate bota na roda são, principalmente (mas não exclusivamente), o Itaú e o Santander. Disse Abrate:

(…) A minha conversa com os dois bancos foi muito simples, ou tira (da carta de circularização), ou a gente para de fazer operação (de risco sacado). O risco sacado era uma operação curta e muito cara. Então, se você é Itaú, você é Santander, você vai me sinalizar, e eu vou ter que contabilizar como dívida, essa era a pior hipótese. (…) Se o banco interrompe naquele momento, a gente não tinha chegado onde a gente chegou. O banco não apontar na carta de circularização foi decisivo para a perpetuação da fraude.

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Abrate afirmou que, com o Itaú, a Americanas negociava diretamente com os seus altos executivos.

Abrate é o terceiro ex-executivo da empresa a fechar um acordo de colaboração com o MPF. Os outros dois delatores foram os ex-diretores Flávia Carneiro e Marcelo Nunes.

(Atualização, às 16h11:a assessoria do Itaú enviou a seguinte nota: “”O Itaú Unibanco nega qualquer participação, direta ou indireta, na fraude contábil que a Americanas sofreu. O banco sempre prestou às auditorias e aos reguladores informações corretas e completas sobre as operações contratadas pela empresa, conforme legislação vigente e melhores práticas de mercado. Conforme já esclarecido, os informes enviados às auditorias sempre alertavam para a existência das operações de risco sacado e da exposição de crédito da companhia aos fornecedores. Os diretores da Americanas envolvidos na operação interagiram com representantes do Itaú no sentido de retirar os alertas, como admitiu o ex-diretor Fabio Abrate em seu depoimento. O banco nunca concordou com esse pedido e, diferentemente do que informou Abrate, manteve o texto que sinalizava a exposição da companhia ao risco sacado. O Itaú, inclusive, interrompeu, por mais de 6 meses, as operações de risco sacado. O Itaú reforça que a elaboração das demonstrações financeiras é de responsabilidade única e exclusiva da administração da empresa e repudia qualquer tentativa de responsabilização de terceiros por falhas ou fraudes nessas demonstrações.””)

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Orçamento de 2025 será sancionado até esta sexta-feira (11), afirma Simone Tebet

A proposta foi aprovada pelo Congresso Nacional no último dia 20 de março, com uma previsão de orçamento total de R$ 5,8 trilhões

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A lei que trata do Orçamento para 2025 deverá ser sancionada até esta sexta-feira (11). A previsão foi anunciada pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

A proposta foi aprovada pelo Congresso Nacional no último dia 20 de março, com uma previsão de orçamento total de R$ 5,8 trilhões. O teto de despesas sujeitas ao arcabouço fiscal ficou em R$ 2,2 trilhões.

O governo tem até o dia 15 para sancionar o texto. A matéria ainda poderá contar com vetos. Segundo Tebet, os técnicos que atuam no ministério tentam agilizar a finalização, já que algumas políticas públicas dependem da sanção.

A matéria prevê um aumento de R$ 11,9 bilhões em despesas com relação ao projeto inicial do governo federal. A quantia total também considera despesas que ficam fora do limite de gastos estipulado pelo arcabouço fiscal, como as do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, o Fundeb.

Entre as áreas mais beneficiadas com o texto aprovado, o destaque é a Saúde, que contou com um aumento de R$ 24,4 bilhões. O projeto aprovado também apresenta ajustes em alguns programas sociais, como o Bolsa Família, que sofreu um corte de quase R$ 9 bilhões

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Congelamento de gastos

Depois da aprovação do Projeto de Lei Orçamentária Anual, o governo baixou um decreto que visa segurar despesas e ganhar tempo para estabelecer o tamanho do congelamento necessário ao cumprimento da meta fiscal de déficit zero das contas públicas.

Reforma Tributária e anistia seguem em pauta no Congresso

A ideia do Executivo Federal é restringir R$ 128,4 bilhões de gastos discricionários, ou seja, não obrigatórios, até maio. Entre junho e novembro, está prevista outra contenção, de R$ 69,4 bilhões.

O decreto apresenta expectativas de dotações para cada órgão até o fim de 2025. Com isso, o Ministério de Minas e Energia, por exemplo, terá como empenhar R$ 161 milhões até maio e R$ 580 milhões em dezembro.

 

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