Economia
CCJ do Senado aprova regulamentação da reforma tributária; veja os principais pontos
Principal proposta da regulamentação da reforma agora vai para o plenário do Senado, com votação prevista para esta quinta-feira. Em últimas alterações, colegiado retirou armas do ‘imposto do pecado’ e isentou mate.
Economia
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (11) o principal projeto de regulamentação da reforma tributária. O plenário do Senado deve analisar o texto na manhã desta quinta (12).
A proposta, que já foi aprovada pela Câmara dos Deputados, detalha regras para a cobrança dos três novos impostos sobre o consumo criados pela reforma tributária, promulgada em 2023.
- Depois de um período de transição entre 2026 e 2033, cinco tributos — ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins — serão unificados.
- A cobrança será dividida em dois níveis: federal (com a Contribuição sobre Bens e Serviços, ou CBS); e estadual/municipal (com o Imposto sobre Bens e Serviços, ou IBS).
- Haverá também o Imposto Seletivo (IS) – uma sobretaxa aplicada para desestimular o consumo de bens e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente.
Construído após meses de negociação com diversos setores, o texto relatado por Eduardo Braga (MDB-AM) modifica diversos pontos da regulamentação aprovada pela Câmara em julho.
Entre outras coisas, a proposta estabelece sobretaxação de apostas; desconto na tributação de operações imobiliárias; “cashback” de tributos para famílias de baixa renda; e uma trava para barrar o aumento de carga tributária.
Após horas de discussão na CCJ, novos alterações foram feitas no texto, como a retirada de armas e munições do Imposto Seletivo e alíquota zero para mate.
Uma série de outros pontos também foi mantida, a exemplo da tributação reduzida de medicamentos e isenção de tributos para carnes (entenda os detalhes aqui).
Caso as mudanças sejam confirmadas pelo plenário do Senado, o projeto voltará para nova rodada de discussão pelos deputados.
Os deputados terão a palavra final sobre as mudanças — podendo acatar ou rejeitar os trechos modificados pelo Senado. Somente depois disso, o projeto será enviado à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ainda poderá vetar passagens da proposta.
Os presidentes do Senado e da Câmara — Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL), respectivamente — querem se despedir de suas gestões com a conclusão desta etapa de detalhamento da reforma. Os mandatos serão encerrados em fevereiro do próximo ano.
O que diz a regulamentação
A regulamentação estabelece “trilhas” para o funcionamento e as cobranças do novo sistema de tributação sobre produtos e serviços. O regime começará a ser implementado em 2026. Haverá transições graduais até a efetiva implementação da CBS e do IBS em 2033.
Uma das mudanças feitas pelo parecer de Eduardo Braga prevê que, no primeiro ano de implementação do sistema, não haverá recolhimento dos novos tributos. Será uma etapa de experimentação na qual as notas fiscais indicarão uma alíquota-teste da CBS e do IBS, mas sem cobranças.
A medida foi incluída como forma de dar margem à adaptação de contribuintes e governos ao novo sistema de “split payment”, mecanismo de pagamento no qual a tributação é dividida em diferentes partes de forma automática e instantânea.
Imóveis, armas, cashback: principais mudanças na reforma tributária
O texto de Braga também beneficia ou amplia a redução de tributos a novos setores, como na área da saúde, do turismo e no ramo imobiliário.
- Em agosto, após mudanças aprovadas pela Câmara, o Ministério da Fazenda estimou que a alíquota-padrão do IBS e da CBS — cobrada sobre todos os itens que não estiverem em regras especiais — deverá somar 27,97%.
Segundo Eduardo Braga, as alterações do Senado devem elevar em 0,13 ponto percentual a projeção da alíquota-comum. Ele tem dito, porém, que acredita que a estimativa será frustrada e haverá uma redução na cobrança — aproximando-se de 26,5%.
O patamar global de 26,5% garante, na avaliação de técnicos do Ministério da Fazenda e do Congresso, a neutralidade da carga tributária. Isto é, não haveria aumento do peso atual dos cinco impostos que serão extintos.
Economia
Mato Grosso deve registrar 2º maior PIB do país com destaque para agropecuária, aponta Banco do Brasil
Número é 1,9% superior à estimativa registrada para o país, conforme projeções do Banco do Brasil.
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para Mato Grosso deve ser de 4,1%, tornando o estado, o 2º que mais deve crescer em 2025, atrás apenas de Mato Grosso do Sul (4,2%), de acordo com projeções do Banco do Brasil divulgadas na última semana.
- Mato Grosso do Sul: 4,2%
- Mato Grosso: 4,1%
- Rio Grande do Sul: 4,0%
- Goiás: 3,3%
- Tocantins: 3,2%
- Piauí: 3,1%
O número é 1,9% superior à estimativa registrada para o Brasil (2,2%).
O destaque é para o setor agropecuário com uma estimativa de 7,7%. Em relação à soja, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que Mato Grosso está entre os estados com maior participação na produção nacional, com 12,3%.
- Paraná: 20,3%
- Rio Grande do Sul: 18,4%
- Mato Grosso: 12,3%
- Goiás: 10,9%
O consultor de política agrícola Thiago Rocha aponta alguns fatores que contribuem para esse saldo positivo.
“A área de soja e a performance no plantio, associado ao bom clima na primeira fase, levam a crer que será uma boa safra da oleaginosa”, ressaltou.
Apesar de citar o clima como um fator positivo, Thiago enfatiza que janeiro é um mês de chuvas intensas em Mato Grosso, o que pode atrasar a colheita da soja e, consequentemente, afetar a produção do milho.
As projeções para a produção de milho no estado considerado o maior produtor nacional, apresentam um recuo de 6,4%, impactado pela diminuição no rendimento médio, especialmente da segunda safra.
“Atraso na colheita da soja significa redução da janela ideal de plantio do milho e, portanto, possível variação da produtividade para baixo”, explicou.
No setor da indústria, o estado registrou uma estimativa de 3,2%. De acordo com projeções para o ano anterior, Mato Grosso foi o segundo estado que mais registrou avanço em relação à média nacional (-0,2%), com 4,6%, ficando atrás somente do Pará (7,0%).
Ainda conforme oestudo, Mato Grosso acumulou um ganho de 9,3% em quatro meses consecutivos de crescimento.
Já o setor de comércio e serviços estima um crescimento de 2,5% para o estado. Segundo as projeções, os reflexos positivos da agropecuária devem influenciar a economia como um todo na região Centro-Oeste, incluindo o setor de serviços, especialmente no que diz respeito aos segmentos de transporte, armazenagem e agroindústria.
Dados do IBGE
O último levantamento do PIB divulgado oficialmente pelo IBGE foi referente ao ano de 2021. Mato Grosso registrou 17 municípios na lista dos 100 maiores índices do PIB do Brasil.
O PIB per capita do Brasil foi de R$ 42.247,52 em 2021. Na comparação com outras capitais, Cuiabá ficou na 7ª colocação, com PIB de R$ 47.700,88.
Veja ranking:
- Brasília (DF)
- Vitória (ES)
- São Paulo (SP)
- Porto Alegre (RS)
- Rio de Janeiro (RJ)
- Curitiba (PR)
- Cuiabá (MT)
O estado de Mato Grosso também teve o maior percentual em que a agricultura e apoio à agricultura e pós-colheita esteve como atividade de maior destaque, seguido por Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.
O que é o PIB?
O Produto Interno Bruto é a soma de tudo o que é produzido na cidade ou país e serve para medir a atividade econômica de determinada região. Por meio desse dado, é possível analisar o que se pode fazer para melhorar a economia.
Já o Produto Interno Bruto per capita (ou por pessoa) mede quanto, do total produzido, ‘cabe’ a cada brasileiro se todos tivessem partes iguais.
Teoricamente, quanto maior o PIB por pessoa, maior o acesso a serviços e qualidade de vida. Sozinho, no entanto, o PIB não indica um alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Um país com PIB alto e população também grande, por exemplo, pode ter um per capita baixo.
Quando a economia de um país se expande de forma sustentável, em geral há benefícios para o consumo, o emprego, e a competitividade das empresas.
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