Economia
Jayme Campos reafirma compromisso com a FICO e projeta “Califórnia Brasileira” em MT
Economia

Em discurso durante o Fórum Corredor Logístico Ferroviário e Oportunidades Regionais, realizado nesta sexta-feira, 27, em Água Boa, o senador Jayme Campos (União-MT) reafirmou os esforços para a conclusão da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) e destacou o potencial da região, que chamou de “a nova Califórnia Brasileira”. O parlamentar garantiu que a obra está assegurada pelo Governo Federal e citou avanços em infraestrutura como essenciais para transformar o Araguaia em um polo de desenvolvimento.
Jayme Campos afirmou que a FICO, parte de um acordo de renovação da concessão da Vale do Rio Doce, está com recursos garantidos e cronograma em execução. Ele revelou que se reuniu com o ministro dos Transportes, Renan Filho, para assegurar que não haverá paralisações. O Fórum foi promovido pelo deputado Eugênio Paiva (PSB).
“O ministro Renan Filho confirmou: a obra não vai parar. Está 100% garantida, e em breve teremos novidades sobre o andamento” – disse o senador, destacando que a ferrovia será um eixo logístico crucial para o escoamento da produção agropecuária.
Além da FICO, o senador mato-grossense mencionou a importância da navegabilidade do Rio Araguaia e a pavimentação da BR-158, que considera uma “rodovia de integração nacional”. Ele lembrou que trechos da estrada já têm ordens de serviço assinadas e que o ministro prometeu visitar as obras em agosto.
Comparando a região à Califórnia (EUA), Campos destacou fatores como terras férteis, mão de obra dedicada e investimentos em energia e transporte. “Aqui será o novo Eldorado, a Califórnia brasileira. Temos tudo para prosperar, mas precisamos de infraestrutura” – ele afirmou.
O senador citou ainda a expansão de usinas de etanol e a necessidade de mais energia elétrica para sustentar o crescimento industrial. “Mato Grosso é um dos maiores produtores de energia limpa, mas alguns municípios ainda sofrem com falta de investimento das concessionárias” – ele criticou, ao destacar que buscar solução para a questão energética do Estado faz parte de sua atuação no Senado.
Campos também abordou a polêmica sobre possíveis ampliações de terras indígenas na região, garantindo que não haveria desapropriações sem compensação financeira justa. Ele relatou diálogo mantido com o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o assunto: “Se houver ampliação, será pago em dinheiro, pelo valor real da terra” – disse.
A FICO, com 383 km previstos entre Mara Rosa (GO) e Água Boa (MT), é considerada vital para reduzir custos logísticos do agronegócio. Já a BR-158 corta Mato Grosso e é crítica para o transporte de grãos. “Com a FICO, a BR-158 e investimentos privados, o Araguaia será uma das regiões mais prósperas do Brasil. Estamos mudando a história” – acrescentou.

Economia
Tarifaço de Trump pode causar perda de 110 mil empregos no Brasil
A estimativa é da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Entidade realizou reunião de emergência com presidentes de federações estaduais de todo o país para avaliar impactos econômicos e sociais da medida; empresários defendem adiamento de tarifaço.

Em reunião virtual de emergência realizada nesta segunda-feira (14), com presidentes das federações das indústrias de todo o país, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, alertou que o aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos poderá causar a perda de até 110 mil postos de trabalho no setor.
A reunião contou também com a participação da secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Lacerda Prazeres, e teve como foco a avaliação dos impactos econômicos e sociais da medida.
Durante o encontro, os representantes da Indústria brasileira defenderam o adiamento mínimo de 90 dias na aplicação das novas tarifas, previstas para entrarem em vigor em 1º de agosto. O objetivo, segundo os participantes, é ganhar tempo para análises técnicas e articulações diplomáticas que possam reverter a medida.
Para a CNI, a decisão do governo norte-americano de impor um tarifaço generalizado não possui embasamento técnico e representa uma ruptura em uma relação comercial centenária. A medida vai afetar fábricas brasileiras e plantas industriais nos EUA que dependem de insumos brasileiros. Isso, na avaliação da entidade, trará impactos aos contratos de longo prazo e à previsibilidade necessária ao ambiente de negócios.
“Lembro que os EUA são o principal destino das exportações industriais do Brasil e o nosso país é um importante fornecedor para o mercado norte-americano”, afirmou o presidente da CNI, Ricardo Alban, logo após o anúncio do governo dos EUA. “Uma quebra nessa relação, com um impacto dessa magnitude, teria muitos prejuízos ao nosso crescimento, à competitividade, aos empregos e, consequentemente, um forte impacto sobre a economia em geral.”
Em comunicado, a CNI afirmou que o tarifaço anunciado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, tambémagrava a situação da indústria brasileira, já “asfixiada pelo injustificado patamar das taxas de juros”, hoje em 15% ao ano. É o patamar mais alto desde 2006, que coloca o país na segunda posição do infame ranking de maiores taxas de juros reais do mundo.
No posicionamento, a CNI reforçou que o momento exige “ações enérgicas e equilibradas, tanto internas quanto externas”. “Devemos negociar a revogação da taxação na condição de país parceiro e de nação soberana. Cabe ao governo brasileiro defender os interesses da sociedade brasileira evitando, sobretudo, as armadilhas da polarização política que o episódio coloca no caminho”, pontuou a entidade.
ATUALIZAÇÃO:
A primeira reunião do comitê interministerial, criado pelo Governo Federal, com o setor produtivo, para discutir as tarifas de 50% anunciadas pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, ocorreu na manhã desta terça-feira (15), em Brasília.
A reunião foi liderada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o vice-presidente Geraldo Alckmin. Participaram da reunião representantes da Indústria nacional e das indústrias de alumínio, aço, máquinas e equipamentos, calçados, têxtil e autopeças.
No encontro, o presidente da CNI, Ricardo Alban, alertou que é preciso objetividade e pragmatismo por parte do governo e do setor privado na negociação com os Estados Unidos. O dirigente reforçou ainda o pedido para que o governo articule uma ampliação de 90 dias para o começo da vigência da nova tarifa.
O Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais foi criado por decreto presidencial publicado no Diário Oficial da União, nesta terça-feira. Segundo o MDIC, colegiado vai deliberar sobre a aplicação de contramedidas provisórias e acompanhar as negociações. O decreto regulamenta ainda a Lei da Reciprocidade Econômica.
RELAÇÃO COMERCIAL ENTRE BRASIL E EUA EM NUMEROS (Fonte: CNI)
Para cada R$ 1 bilhão exportado para os EUA, em 2024, foram gerados:
– 24,3 mil empregos;
– R$ 531,8 milhões em massa salarial;
– R$ 3,2 bilhões em produção na economia brasileira.
Os Estados Unidos são o principal destino das exportações da indústria de transformação brasileira:
– Em 2024, as exportações brasileiras de produtos industriais para os EUA atingiram US$ 181,9 bilhões, um aumento de 2,7% em relação a 2023.
– O crescimento foi impulsionado por bens de consumo não duráveis e semiduráveis, com alta de 11% nas exportações em relação ao ano anterior.
Fonte: Brasil 61
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