Economia
Orçamento de MT será de R$ 37 bi; veja duodécimo dos Poderes
Valor, que foi apresentado na AL, representa um aumento de 5,75% em comparação a este ano
Economia
O Orçamento público de Mato Grosso para o ano que vem está estimado em R$ 37,076 bilhões. O valor foi apresentado nesta terça-feira (12) na primeira audiência sobre o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, realizada ne Assembleia Legislativa nesta terça-feira (12).
A proposta, também, contempla gastos com investimentos na ordem de R$ 4,5 bilhões
O valor representa um aumento de 5,75% em comparação ao PLOA de 2024, fixado em R$ 35,060 bilhões. Para 2025, o orçamento fiscal está previsto em R$ 25,832 bilhões, enquanto o de seguridade social representa um montante de R$ 11,243 bilhões.
O secretário-adjunto do orçamento estadual da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), Ricardo Capistrano, afirmou que o Governo apresentou um substitutivo à proposta original alterando o valor do orçamento que estava fixado em R$ 36,627 bilhões para R$ 37,076 bilhões.
O ajuste, segundo ele, foi tomado após decisão de o Tribunal de Justiça declarar inconstitucional o recolhimento dos derivados das operações com o óleo diesel pelo Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab). Os valores arrecadados foram reincorporados à base de cálculo do ICMS.
A discussão ocorreu por intermédio da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). De acordo com Capistrano, a pretensão é manter o índice de investimento do Executivo em 15% da receita.
“A proposta, também, contempla gastos com investimentos na ordem de R$ 4,5 bilhões. A expectativa do Estado é manter a sustentabilidade e o equilíbrio fiscais, e principalmente, garantir o avanço das políticas que vêm sendo executadas nos últimos anos”, explicou.
Em relação ao reajuste dos servidores estaduais, o secretário afirmou que a política do Estado é a de implementar o valor calculado de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado nos últimos 12 meses (2024), na sua integralidade.
“As projeções de reajuste que apresentarmos ao projeto de lei orçamentária para 2025 são de 4,10%. A expectativa é pagar esse reajuste a partir do mês de janeiro do próximo ano”, explicou Capistrano.
Receita maior
Capistrano afirmou ainda que a programação da despesa no orçamento, consolidada para 2025, integra 57 programas de governo. Os valores para isso são estimados em cerca de R$ 23.952 bilhões. Esse montante, segundo o secretário adjunto, corresponde a aproximadamente 64,60% do orçamento. “Esses valores são para as despesas de natureza administrativa, operações especiais e reserva de contingência. Já para as ações finalísticas são estimados R$ 13.123 bilhões, correspondentes a aproximadamente 35,40% do orçamento”, explicou.
A projeção para fixação da despesa pública para os poderes e órgãos em 2025, de acordo com o PLOA é:
Executivo – R$ 31.533,6 bilhões
Judiciário – R$ 2.836,7 bilhões
Legislativo – R$ 881.8 milhões
Ministério Público – R$ 826,3 milhões
Tribunal de Contas – R$ 668, 032 milhões
Defensoria Pública – R$ 329,471 milhões
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CCJ do Senado aprova regulamentação da reforma tributária; veja os principais pontos
Principal proposta da regulamentação da reforma agora vai para o plenário do Senado, com votação prevista para esta quinta-feira. Em últimas alterações, colegiado retirou armas do ‘imposto do pecado’ e isentou mate.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (11) o principal projeto de regulamentação da reforma tributária. O plenário do Senado deve analisar o texto na manhã desta quinta (12).
A proposta, que já foi aprovada pela Câmara dos Deputados, detalha regras para a cobrança dos três novos impostos sobre o consumo criados pela reforma tributária, promulgada em 2023.
- Depois de um período de transição entre 2026 e 2033, cinco tributos — ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins — serão unificados.
- A cobrança será dividida em dois níveis: federal (com a Contribuição sobre Bens e Serviços, ou CBS); e estadual/municipal (com o Imposto sobre Bens e Serviços, ou IBS).
- Haverá também o Imposto Seletivo (IS) – uma sobretaxa aplicada para desestimular o consumo de bens e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente.
Construído após meses de negociação com diversos setores, o texto relatado por Eduardo Braga (MDB-AM) modifica diversos pontos da regulamentação aprovada pela Câmara em julho.
Entre outras coisas, a proposta estabelece sobretaxação de apostas; desconto na tributação de operações imobiliárias; “cashback” de tributos para famílias de baixa renda; e uma trava para barrar o aumento de carga tributária.
Após horas de discussão na CCJ, novos alterações foram feitas no texto, como a retirada de armas e munições do Imposto Seletivo e alíquota zero para mate.
Uma série de outros pontos também foi mantida, a exemplo da tributação reduzida de medicamentos e isenção de tributos para carnes (entenda os detalhes aqui).
Caso as mudanças sejam confirmadas pelo plenário do Senado, o projeto voltará para nova rodada de discussão pelos deputados.
Os deputados terão a palavra final sobre as mudanças — podendo acatar ou rejeitar os trechos modificados pelo Senado. Somente depois disso, o projeto será enviado à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ainda poderá vetar passagens da proposta.
Os presidentes do Senado e da Câmara — Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL), respectivamente — querem se despedir de suas gestões com a conclusão desta etapa de detalhamento da reforma. Os mandatos serão encerrados em fevereiro do próximo ano.
O que diz a regulamentação
A regulamentação estabelece “trilhas” para o funcionamento e as cobranças do novo sistema de tributação sobre produtos e serviços. O regime começará a ser implementado em 2026. Haverá transições graduais até a efetiva implementação da CBS e do IBS em 2033.
Uma das mudanças feitas pelo parecer de Eduardo Braga prevê que, no primeiro ano de implementação do sistema, não haverá recolhimento dos novos tributos. Será uma etapa de experimentação na qual as notas fiscais indicarão uma alíquota-teste da CBS e do IBS, mas sem cobranças.
A medida foi incluída como forma de dar margem à adaptação de contribuintes e governos ao novo sistema de “split payment”, mecanismo de pagamento no qual a tributação é dividida em diferentes partes de forma automática e instantânea.
Imóveis, armas, cashback: principais mudanças na reforma tributária
O texto de Braga também beneficia ou amplia a redução de tributos a novos setores, como na área da saúde, do turismo e no ramo imobiliário.
- Em agosto, após mudanças aprovadas pela Câmara, o Ministério da Fazenda estimou que a alíquota-padrão do IBS e da CBS — cobrada sobre todos os itens que não estiverem em regras especiais — deverá somar 27,97%.
Segundo Eduardo Braga, as alterações do Senado devem elevar em 0,13 ponto percentual a projeção da alíquota-comum. Ele tem dito, porém, que acredita que a estimativa será frustrada e haverá uma redução na cobrança — aproximando-se de 26,5%.
O patamar global de 26,5% garante, na avaliação de técnicos do Ministério da Fazenda e do Congresso, a neutralidade da carga tributária. Isto é, não haveria aumento do peso atual dos cinco impostos que serão extintos.
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