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Leitura na infância: como os livros podem ensinar além das palavras

Especialista destaca que, mais do que alfabetizar, a leitura estimula a criatividade, o raciocínio lógico e contribui para o desenvolvimento das crianças

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80% DAS CRIANÇAS BRASILEIRAS AFIRMAM QUE GOSTAM DE LER, APONTA PESQUISA.

A infância é um momento precioso para despertar o gosto pela leitura. E os números mostram como esse hábito pode florescer: mais de 80% das crianças entre 5 e 10 anos afirmam gostar de ler livros, segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil (2024)1. Esse dado revela o enorme potencial dos pequenos como futuros leitores engajados.

Para Ricardo Paschoalato, especialista em educação na rede Kumon e pós-graduado em psicopedagogia e tecnologias na aprendizagem, os livros cumprem um papel que vai muito além de ensinar a ler. “O contato com a leitura amplia o repertório cultural, favorece a autonomia e pode trazer aprendizados valiosos para a vida. De forma lúdica, as histórias ajudam a criança a desenvolver desde noções matemáticas até valores de cidadania, empatia e até mesmo educação financeira”, explica.

“Alguns livros são exemplos claros de como a literatura pode apoiar habilidades essenciais de maneira leve e prazerosa. Em Lá em casa somos…, de Isabel Minhós Martins e Madalena Matoso, a matemática aparece de forma divertida, transformando números do dia a dia em brincadeira. Já em Cadê Meu Dinheiro, de Cássia D’Aquino, as crianças têm o primeiro contato com conceitos de educação financeira de forma acessível e lúdica. Esses títulos mostram que a leitura pode ensinar muito além das palavras, preparando os pequenos para diferentes aspectos da vida”, complementa Ricardo.

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Além de ensinar a ler, a leitura desenvolve competências fundamentais para a formação integral das crianças. A concentração é estimulada quando elas acompanham o fio de uma narrativa até o fim, enquanto a criatividade se expande na imaginação de personagens, cenários e situações que ultrapassam o cotidiano. A empatia surge ao se colocar no lugar das diferentes vozes que aparecem nas histórias, favorecendo a compreensão de sentimentos diversos. “A leitura também aprimora a comunicação, ampliando o vocabulário e a capacidade de expressão, além de fortalecer o pensamento crítico, já que ao interpretar textos a criança começa a questionar, comparar e refletir sobre as mensagens”, comenta o especialista. Por fim, contribui ainda para a organização e a autonomia, já que o hábito de ler com frequência estabelece uma rotina saudável de aprendizado contínuo.

Entre os títulos que ilustram esse poder estão obras que encantam e ensinam ao mesmo tempo. O Mundinho, de Ingrid Biesemeyer Bellinghausen, desperta o olhar ecológico por meio de rimas e cores vibrantes. O menino que não sabia ler, de Mariana Caltabiano, mostra que aprender envolve sensibilidade e perseverança. Em O Livro das Famílias, de Todd Parr, a diversidade é celebrada com simplicidade e afeto.

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Para o especialista, o segredo está em tornar a leitura parte do dia a dia. “Quando o livro se transforma em companheiro constante, ele deixa de ser uma tarefa escolar e passa a ser uma experiência prazerosa, capaz de marcar a infância e acompanhar a criança por toda a vida”, conta.

O incentivo à leitura é primordial no método Kumon, sendo feito desde antes da alfabetização. Com o contato com diversos tipos de textos e contextos, a criança aumenta o seu vocabulário e amplia sua criatividade, tornando a leitura uma atividade prazerosa.

A rotina com o método incentiva a leitura tanto por meio do material didático, como de livros selecionados que fazem parte da Bibliografia Recomendada Kumon, disponível em todas as unidades, além do momento de leitura durante o tempo de estudo na própria unidade. O Kumon de Português favorece o gosto pela leitura e o desenvolvimento de habilidades essenciais, como interpretação de textos, proporcionando um aprendizado com mais disciplina e organização. De forma objetiva, o estudo privilegia o aluno de modo que ele consiga se organizar e ter uma rotina clara e leve para realizar suas atividades.

 

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SEGURANÇA ALIMENTAR- Cuiabá está entre as 22 capitais do país que tiveram redução na cesta básica em setembro

Segundo pesquisa de Conab e DIEESE divulgada nesta quarta, capital mato-grossense apresentou queda em cinco dos 13 alimentos pesquisados, com destaque para tomate, banana e açúcar

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O custo da cesta básica de alimentos teve redução em 22 das 27 capitais do Brasil em setembro na comparação com agosto. A informação é da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada nesta quarta-feira, 8 de outubro, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
CINCO DE 13 – Em Cuiabá, a queda foi de -0,77% e o custo médio da cesta básica ficou em R$ 794,03. Cinco dos 13 itens avaliados tiveram redução na capital de Mato Grosso, entre agosto e setembro de 2025. O destaque foi o tomate (-13,02%). Batata (-8,95%), açúcar cristal (-2,02%), manteiga (-1,55%) e arroz agulhinha (-0,71%) completam a lista dos produtos com queda de preço.
ACUMULADO – Entre abril e setembro de 2025, oito dos 13 alimentos tiveram redução de preços: tomate (-33,30%), batata (-32,95%), arroz agulhinha (-21,16%), açúcar cristal (-10,76%), manteiga (-6,02%), leite integral (-3,08%), farinha de trigo (-3,02%) e feijão carioca (-2,16%).

Confira os dados da cesta básica nas 22 capitais em que houve redução de preço

NACIONAL – Em âmbito nacional, as reduções mais expressivas em setembro ocorreram em Fortaleza (-6,31%), Palmas (-5,91%), Rio Branco (-3,16%), São Luís (-3,15%) e Teresina (-2,63%). Os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 552,65), Maceió (R$ 593,17), Salvador (R$ 601,74), Natal (R$ 610,27) e João Pessoa (R$ 610,93). O maior custo ficou em São Paulo (R$ 842,26).
TRANSPARÊNCIA – “A redução do custo da cesta básica em boa parte das capitais é sinal de que as políticas do Governo do Brasil de abastecimento e apoio à produção de alimentos estão funcionando. A Conab e o Dieese trabalham para garantir transparência nos preços e contribuir com ações que assegurem comida de qualidade e a preços justos na mesa das famílias brasileiras”, afirma o presidente da Conab, Edegar Pretto.
TOMATE – O tomate teve queda em 26 capitais entre agosto e setembro, com variações de -47,61% em Palmas a -3,32% em Campo Grande. O aumento da oferta, resultado da colheita da safra nacional, ajudou a reduzir os valores no varejo. Apenas Macapá registrou alta (4,41%).
ARROZ – O arroz agulhinha ficou mais barato em 25 das 27 cidades, com destaque para Natal (-6,45%), Brasília (-5,33%) e João Pessoa (-5,05%). Mesmo com as exportações aquecidas, o recorde de produção da safra 2024/25 manteve o excedente interno elevado, o que reduziu as cotações. A única alta ocorreu em Vitória (1,29%), e o preço se manteve estável em Palmas.
AÇÚCAR – O preço do açúcar caiu em 22 capitais, com variações de -17,01% em Belém a -0,26% em São Luís. O aumento da produção nas usinas paulistas e a previsão de maior oferta na Ásia provocaram queda nos preços externos e, consequentemente, no mercado interno. Apenas em Goiânia (0,51%) e João Pessoa (0,49%) o preço médio subiu.
CAFÉ – O café em pó caiu em 14 capitais. As maiores reduções ocorreram no Rio de Janeiro (-2,92%) e em Natal (-2,48%). Apesar da valorização internacional do grão, os preços elevados nos supermercados inibiram a demanda, reduzindo as cotações médias. As maiores altas foram em São Luís (5,10%) e em Campo Grande (4,32%).
BATATA – No caso da batata, coletadas nas cidades do Centro-Sul, em dez capitais o produto ficou mais barato, com reduções do valor médio entre -21,06% em Brasília e -3,54% em Porto Alegre. A queda se deve à maior oferta, com o avanço da colheita da safra de inverno. Só Belo Horizonte apresentou elevação (3,07%).
CARNE BOVINA – Já na carne bovina de primeira, as quedas mais acentuadas ocorreram em Macapá (-2,41%), Natal (-1,13%) e São Luís (-1,03%). A estiagem limitou a oferta, enquanto a baixa demanda impediu altas mais generalizadas. O produto subiu em 16 capitais e caiu em 11. A maior alta foi registrada em Vitória (4,57%).
TRIMESTRE – O estudo trouxe ainda o recorte entre julho e setembro de 2025, que indicou queda no preço dos alimentos em 25 das 27 cidades em que é feito o levantamento no período. A capital que apresentou maior queda foi Fortaleza, com -8,96%, com a cesta passando de R$ 738,09 em julho para R$ 677,42 em setembro, R$ 60,67 a menos. São Luís/MA (-6,51%), Recife/PE (-6,41%) e João Pessoa/PB (-6,07%) aparecem na sequência. Nos últimos três meses analisados, as duas únicas capitais que apresentaram alta foram Macapá/AP (+0,94%) e Campo Grande (+0,63%).
PARCERIA CONAB E DIEESE – A coleta de preços de alimentos básicos foi ampliada de 17 para 27 capitais brasileiras em 2025, resultado da parceria entre a Conab e o Dieese. A iniciativa reforça a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e a Política Nacional de Abastecimento Alimentar. Os primeiros resultados com todas as capitais começaram a ser divulgados em agosto de 2025, com base nos dados de julho.

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