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Profissão feminina: representantes de mais de 80% da enfermagem, mulheres se desdobram em tripla jornada
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Ser mãe, dona de casa e profissional da enfermagem, a tripla jornada da maioria das profissionais da enfermagem de Mato Grosso, não é fácil. É preciso se desdobrar entre os plantões e a vida de dentro de casa, onde a maioria delas é chefe de família e principal responsável pelo sustento da casa. Na categoria, elas representam mais de 80% dos auxiliares, técnicos e enfermeiros.
É o caso da enfermeira Lorena Heemann, que criou as duas filhas em meio aos plantões. De tanto que frequentaram hospitais desde criança, elas escolheram trabalhar na área da saúde: a mais velha é enfermeira e a mais nova cursa medicina.
“São 30 anos de profissão. Não é fácil. Às vezes tem que matar dois leões por dia, mas vale a pena. Amo demais a profissão que escolhi e com a qual criei minhas filhas”, conta a profissional.
Ela começou a jornada na enfermagem como auxiliar e, quando foi cursar a graduação, enfrentou muitos desafios para conciliar o trabalho fora e dentro de casa.
“Quando resolvi ir para a faculdade a minha filha estava com um mês. Eu tinha três empregos, uma filha pequena, uma casa para administrar e uma mãe para cuidar. Mas venci, estou aqui. A maioria das mulheres da enfermagem tem essa tripla jornada”, explica Lorena.
Quem também se divide entre dois empregos e a família é a técnica de enfermagem Débora Izidoro, que trabalha no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e também em um hospital da rede pública. No Samu ela pilota uma moto com equipamentos, o que já a fez ser questionada sobre seu trabalho por ser mulher.
“É bem desafiador, ser técnica de enfermagem, ser mãe, ser profissional, é desafiador todos os dias. No meu caso de moto o pessoal fala que é loucura. Mas é um desafio que no final dá tudo certo”, afirma Débora.
Sobre ter que se dividir em várias para dar conta de tudo, ela conta que se sente em uma “missão impossível” diária. “Acordo cedo, arrumo as coisas para a minha filha ir para a escola. É difícil, mas quando a gente faz o que gosta tenta encaixar e dar certo. Eu acredito que a gente não pode desistir, porque o lugar de mulher é onde ela se sente bem e quer estar”.
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Ex-diretor do INSS admite receber mais de R$ 2 milhões de empresas ligadas ao “Careca do INSS”, mas nega envolvimento em desvios
Ex-diretor do INSS admite receber mais de R$ 2 milhões de empresas ligadas ao “Careca do INSS”, mas nega envolvimento em desvios
O ex-diretor do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Alexandre Guimarães admitiu nesta segunda-feira (27) que recebeu mais de R$ 2 milhões de empresas ligadas a Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”. Ele negou, entretanto, envolvimento com o esquema de desvios ilegais em aposentadorias e pensões.
Sem habeas corpus e comprometendo-se a falar a verdade, o economista foi ouvido pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fraudes.
Em resposta ao relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), Guimarães relatou ter sido sócio proprietário da Vênus Consultoria Assessoria Empresarial S/A, criada em 2022 para prestar serviços de educação financeira a uma das empresas de Antunes, a Brasília Consultoria. A empresa encerrou as atividades em 2025, após a Operação Sem Desconto, da Polícia Federal.
“Esses mais de R$ 2 milhões recebidos pelo chefe da organização criminosa de descontos roubados de aposentados e pensionistas, em algum momento, dizem respeito à vantagem indevida?”, questionou Gaspar.
“Nenhuma. Eu não recebi do senhor Antônio. Eu recebi da empresa para a qual eu prestava serviço”, disse Guimarães. “O senhor tinha algum outro cliente na Vênus Consultoria além das empresas do senhor careca do INSS?”, insistiu o relator. “Não”, declarou Guimarães.
O ex-diretor relatou ainda à CPMI que o primeiro contato com Antunes ocorreu em 2022, por meio de amigos em comum, sem conexão com o INSS. Na ocasião, discutiram um projeto informal de exportação de frutas para a China e o financiamento do transporte.
A convocação do ex-diretor de Governança, Planejamento e Inovação do INSS, entre 2021 e 2023, foi aprovada a partir de requerimentos do senador Izalci Lucas (PL-DF) e dos deputados Rogério Correia (PT-MG), Adriana Ventura (Novo-SP), Duarte Jr. (PSB-MA) e Sidney Leite (PSD-AM).

Serviços
Izalci lembrou que Guimarães dirigiu a área exatamente no período em que, segundo as investigações da Polícia Federal, ocorreram os desvios não autorizados em aposentadorias e pensões. Izalci então quis saber que tipo de serviços foram prestados especificamente.
“E você entregava que produto de educação financeira? É livro didático ou material?”, disse Izalci. “Eram inserções educativas que eu fazia semanalmente, comecei com duas semanais e terminei com mais de 16 por mês”, declarou o ex-diretor.
Durante a gestão de Guimarães na diretoria do INSS, o número de denúncias de descontos indevidos em aposentadorias e pensões aumentou significativamente, quase dobrando a cada ano entre 2022 e 2024. Segundo ele, isso se deve a transferência da ouvidoria para dentro do próprio INSS, o que teria facilitado o recebimento das reclamações.
Guimarães esclareceu que sua diretoria não tinha a função de resolver os problemas, apenas de encaminhar as reclamações para a diretoria responsável pela solução.
O ex-diretor disse ainda ao colegiado que sua primeira passagem pelo INSS foi em 2017, indicado pelo ex-deputado Andre Moura (SE) para atuar como diretor de gestão de pessoas, onde permaneceu até 2019. Em 2021, retornou ao INSS por indicação do deputado Euclydes Pettersen (Republicanos-MG), já para atuar na área de Governança, Planejamento e Inovação do instituto.
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