Jurídico

Dino prega prudência em discussão sobre PL da Anistia: ‘a democracia não é o regime de quem grita mais’

Publicados

Jurídico

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, afirmou nesta segunda-feira (18) que a Corte Suprema aguarda as deliberações do Congresso Nacional a respeito do Projeto de Lei 2858/22. Esse PL prevê a anistia de todos aqueles que participaram de atos com motivação política ou eleitoral, ou que os apoiaram com doações, apoio logístico, prestação de serviços ou publicações em mídias sociais entre 8 de janeiro de 2023 e a data de vigência da futura lei.

 

Em uma rápida entrevista na saída da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o ministro afirmou que o posicionamento do Congresso é soberano e que é preciso ter calma nas discussões sobre a proposta. No entanto, ponderou que qualquer lei aprovada pode ter sua constitucionalidade questionada no Supremo, caso alguém deseje.

 

É um debate que hoje está ainda no Congresso Nacional. É claro que o Supremo aguarda sempre as deliberações legítimas e soberanas do Congresso. Evidentemente, após a votação de qualquer lei, se um dia for aprovada, alguém pode arguir inconstitucionalidade no Supremo. E esse é o nosso sistema constitucional”, disse.

Leia Também:  Governador divulga cronograma de nomeação dos classificados em concurso

“É preciso ter calma,  tranquilidade e prudência. A democracia não é o regime de quem grita mais. A democracia é o regime de quem tem razão à luz da Constituição. Esse é o papel do Supremo e é com essa ponderação que a gente tem de agir”, completou.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criou uma comissão especial para debater a anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Em despacho publicado no dia 28 de outubro, Lira retirou a tramitação do Projeto de Lei 2858/22 da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Em análise na Câmara, o texto de autoria do deputado Major Vitor Hugo (PL-GO) também beneficia quem tenha financiado essas manifestações, e anula multas e demais punições aplicadas pela justiça às pessoas físicas e jurídicas, as quais estejam relacionados aos atos de protesto.

A comissão será composta de 34 membros titulares e de igual número de suplentes.

Relembre

Uma semana após a posse do presidente Lula (PT), um grupo de radicais defensores de um golpe de estado invadiu e depredou as sedes dos três Poderes. Centenas de pessoas foram presas.

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

Jurídico

Juiz da 72 horas para empresa do ex-deputado Daltinho de Freitas desocupar imovel em Confresa sob pena de medidas coercitivas

Publicados

em

Ex-deputado Daltinho proprietario da Motogarças

Após uma longa batalha judicial que se arrasta há pelo menos oito anos, a Justiça determinou a desocupação de um imóvel, localizado na Avenida Brasil, em Confresa, envolvendo o empresário Elsi Antoninho Pietrobon e a empresa Motogarças – Comércio e Participações Ltda, de propriedade do ex-deputado estadual Adalto de Freitas Filho, também conhecido como Daltinho. A decisão foi proferida pelo juiz substituto Alex Ferreira Dourado, que deu prazo de 72 horas para que o imóvel seja desocupado pela Motogarças, sob pena de medidas coercitivas.

O caso remonta a um acordo homologado em 17 de maio de 2024, no qual os executados assumiram a obrigação de desocupar o imóvel. Apesar disso, até o momento, tal obrigação não foi cumprida. Em sua defesa, a empresa alegou que já havia alugado um novo espaço, mas que este está em reforma, solicitando mais 90 dias para finalizar a mudança.

No entanto, o juiz considerou que o prazo concedido já foi mais do que razoável, apontando negligência por parte dos executados. A decisão ressaltou que a justificativa apresentada pela empresa não é suficiente para descumprir o acordo, prejudicando os direitos do exequente, que já havia solicitado medidas mais severas para garantir a desocupação, incluindo o uso de força policial, se necessário.

Leia Também:  POSSÍVEL FAVORECIMENTO- Prefeitura de Colider derruba concorrente, contrata empresa por R$ 15 milhões mas TCE Barra licitação

Diante da gravidade do impasse, o magistrado autorizou a expedição de um mandado de despejo, a ser cumprido por dois oficiais de justiça, com apoio policial.

O advogado de defesa, Armando Martins da Silva Neto, evidenciou a importância de acordos judiciais serem cumpridos. “A decisão põe fim a uma disputa que, além de atrasar a resolução do litígio, gera impactos financeiros e logísticos para ambas as partes. O caso evidencia a importância de acordos judiciais serem cumpridos, por isso é que fazemos acordos, mas o importante, é que a Justiça foi feita, e a decisão cumprida”, disse o advogado Armando Martins ao Agência da Notícia. Também atuou na defesa o advogado Hélio Kairo Moreira Pietrobon.

A Decisão foi assinada pelo juiz substituto Alex Ferreira Dourado, nesta quarta-feira (10/12) às 15:28hs.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

POLICIAL

CIDADES

POLÍTICA

MAIS LIDAS DA SEMANA