Jurídico
MPF monitora mais uma “emenda Pix” de R$ 590 mil da deputada Coronel Fernanda para a Prefeitura de Cocalinho
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O Ministério Público Federal (MPF) está monitorando emenda Pix de R$ 590 mil enviada pela deputada federal, Coronel Fernanda (PL), ao município de Cocalinho (853 km de Cuiabá). Portaria do dia 12 de novembro de outubro foi publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (18).
Emitida pela Procuradoria da República no Estado do Mato Grosso, a resolução abriu Procedimento de Acompanhamento para monitorar a aplicação de emendas parlamentares, especificamente as transferências especiais popularmente conhecidas como “emendas PIX”.
A medida, assinada pela procuradora Valeria Etgeton Siqueira, foi tomada para assegurar transparência no uso dos recursos públicos, com o objetivo de combater possíveis atos de corrupção.
Siqueira ressaltou que a adoção das “emendas PIX” diminui os controles tradicionais sobre a aplicação desses recursos federais, uma vez que esses fundos são enviados diretamente ao município, sem necessidade de convênios formais. Tais práticas, conforme Ο documento, podem prejudicar a transparência e a responsabilização pública, dificultando o controle social e favorecendo desvios das finalidades republicanas.
A partir da proposta da 5ª Câmara do MPF, o procedimento determina que o município forneça informações detalhadas sobre as contas bancárias específicas para movimentação desses recursos, bem como o montante recebido e o planejamento para a utilização dos R$ 590 mil que Cocalinho recebeu da deputada.
Ação se fundamenta em proposta da 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, com foco na integridade do processo de destinação e uso de verbas oriundas de emendas parlamentares.
Em agosto deste ano, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve, por unanimidade, liminar do ministro Flávio Dino que suspendeu todas as emendas impositivas apresentadas por deputados e senadores ao Orçamento da União até que o Congresso edite regras que garantam transparência na transferência dos recursos. A decisão do relator foi referendada pelo colegiado na sessão virtual extraordinária realizada no dia 16.
Em seu voto, o ministro Flávio Dino reiterou seu entendimento de que as emendas parlamentares impositivas devem serem executadas nos termos e nos limites da ordem jurídica e não podem ficar sob a liberdade absoluta do parlamentar que as apresentou.
O espaço de discricionariedade, a seu ver, “não pode dar lugar à arbitrariedade, que desconsidere disciplina constitucional e legal aplicável à matéria”.

Jurídico
Juiz concede medidas protetivas a advogado ameaçado em Barra do Garças
A decisão foi proferida na noite de ontem (23) e o processo segue em sigilo

O juiz Marcelo Sousa Melo Bento de Resende, titular da 2ª Vara Criminal de Barra do Garças (MT), impôs medidas protetivas em favor de um advogado que foi ameaçado, perseguido e teve o veículo danificado na cidade. De acordo com o magistrado, a documentação e os registros de câmeras de segurança indicaram a possível situação de constrangimento, risco à integridade física e patrimonial, além de abalo psicológico praticados por um suspeito contra a vítima. A decisão foi proferida na noite de ontem (23) e o processo segue em sigilo.
Dentre as medidas está a proibição de aproximação da parte requerente, familiares e testemunhas, no limite mínimo de 300 metros, a impossibilidade de contato com a vítima, seus familiares e testemunhas, por qualquer meio de comunicação e o impedimento de frequentação da residência do advogado ou de seu local de trabalho em um período mínimo de 6 meses.
Para o presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil em Barra do Garças (OAB/BG), Leonardo da Mata, que acompanhou de perto a situação, a decisão – inédita na região – representa um avanço na defesa da advocacia e abre precedente a ser utilizado em nível estadual e também nacional. “Ficamos muito satisfeitos e esperamos que não precisar mais disso. A OAB não vai medir esforços para, havendo qualquer situação nesse sentido, atuar como agora. A categoria cresce muito a partir de decisões assim que mostram o quanto o advogado é indispensável para todo o sistema de justiça”, disse.
Da Mata também parabenizou a resposta rápida das autoridades de Barra do Garças e ressaltou que a decisão garante medidas contra quem ameaça o exercício da profissão. “Não somos parte, nós somos um instrumento que a Constituição nos garantiu de atuação em todo o território nacional, sem sofrer nenhuma ameaça, constrangimento ou coação. O advogado tem que estar livre quando ele aceita trabalhar em um caso, ele não é parte daquele caso, ele é o instrumento que a sociedade precisa”, afirmou.
Kayo Dias, colega de profissão e responsável também pela representação da vítima, frisou que em casos que envolvem ameaças a advogados, medidas cabíveis com o máximo rigor devem ser tomadas, acionando a OAB, os órgãos de segurança pública e o Poder Judiciário, para que tais condutas sejam firmemente coibidas e os responsáveis respondam nos termos da lei. “A advocacia infelizmente se tornou uma profissão de risco e esta decisão é uma vitória para toda a classe. Quero agradecer a Polícia Judiciária Civil, em especial ao delegado Pablo Borges Rigo, na condução célere da investigação que contribuiu para a concessão da medida cautelar em tempo hábil, bem como ao Ministério Público que exarou parecer favorável, com a promotora Luciana Rocha e ao Poder Judiciário, na pessoa do magistrado Marcelo Bento”, declarou.
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