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Servidor aciona CNJ e levanta suspeita sobre “venda de sentença” para beneficiar prefeita reeleita em MT

Marido de prefeita diz em gravação que pode “comprar autoridades do Judiciário”

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O policial penal Marco Aurélio Reis Julien Lenotti solicitou, junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), uma investigação para apurar a suposta influência do ex-prefeito de Alto Taquari, localizado a 509 km de Cuiabá, Lairto João Sperandio, no Judiciário de Mato Grosso. Tal influência, segundo Marco Aurélio, pode ter sido utilizada para “destravar” a candidatura de reeleição de sua esposa, Marilda Garofolo Sperandio (União), nas eleições deste ano. O documento é datado de 7 de novembro.

No pedido, é mencionada uma gravação na qual Lairto afirma que poderia comprar uma decisão judicial para liberar inclusive sua própria candidatura, caso desejasse disputar um cargo eletivo. Ele ainda cita a existência de um suposto esquema no Judiciário envolvendo juízes e desembargadores, embora nenhum nome tenha sido mencionado.

Marco Aurélio solicita a investigação do caso, destacando também a existência de um vídeo “profético” gravado pelo ex-prefeito e publicado em 5 de outubro, um dia antes da sessão do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT). No vídeo, Lairto garante que a Justiça Eleitoral liberaria a candidatura de Marilda Sperandio, que, inicialmente, havia sido indeferida. “Em razão do áudio encontrado pelo representante (Marco Aurélio), no qual o Sr. Lairto descreve como comprar autoridades do Judiciário, e de toda a atipicidade que reveste o caso, com um vídeo profético do Sr. Lairto gravado um dia antes da decisão judicial, faz-se necessária a abertura de investigação por este órgão corregedor”, diz trecho do pedido.

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Entenda

Conforme o documento enviado ao CNJ, Marco Aurélio é filiado ao MDB e concorreu à Prefeitura de Alto Taquari. No âmbito do processo eleitoral, sua coligação, “A Mudança é Agora”, pediu a impugnação da candidatura da atual prefeita, Marilda Sperandio, sob o argumento de que ela buscava o terceiro mandato consecutivo de seu grupo familiar.

No pedido, foi alegado que Lairto Sperandio, marido de Marilda, concorreu às eleições de 2016, tendo sido, na ocasião, impugnado por não estar em gozo de seus direitos políticos. Apesar disso, Lairto tomou posse e exerceu o mandato como prefeito por cerca de três meses, até que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou a realização de eleições suplementares.

Em 2020, Marilda foi eleita prefeita e, por isso, sua candidatura à reeleição em 2024 configuraria, de acordo com o pedido de impugnação, um terceiro mandato de um mesmo grupo político ou familiar. Foi citado, ainda, que a jurisprudência do TSE considera que eleições suplementares não configuram pleitos independentes, sendo o quadriênio eleitoral indivisível.

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Na primeira instância, a candidatura de Marilda foi mantida. Contudo, em 4 de outubro, dois dias antes das eleições municipais, o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) deferiu o pedido da coligação “A Mudança é Agora” e indeferiu a candidatura da prefeita, argumentando que o marido dela, Lairto Sperandio, foi eleito prefeito da mesma cidade em 2016, o que configuraria um terceiro mandato consecutivo do mesmo núcleo político ou familiar.

Entretanto, o entendimento do TRE-MT foi modificado dois dias depois, em 6 de outubro, sob a alegação de que a posse de Lairto à época foi precária. Na decisão, foi destacado que Lairto assumiu o cargo de prefeito em 2017 e permaneceu no exercício da função por apenas três meses, até ter o registro de sua candidatura indeferido pelo TSE.

No pedido encaminhado ao CNJ, Marco Aurélio chama a atenção que a mudança causou estranheza pelo fato de que Lairto Sperandio havia gravado vídeo um dia antes da nova decisão do TRE, em 05 de outubro, antecipando naquela ocasião que a candidatura da esposa seria liberada pela Justiça Eleitoral.

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PARCERIA- Prefeitura de Luciara e Judiciário Especial Itinerante leva justiça gratuita à população

A presença do Juizado Especial Itinerante (JEI) em Luciara, ocorrerá entre os dias 21 a 25 de julho, o atendimento gratuito e acessível para a população durante esses dias ocorrerá em frente à Prefeitura, das 08h às 11h e das 14h às 17h.

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Borges Netão do Araguaia/Notícia dos Municípios

Graças a uma parceria firmada entre a Prefeitura Municipal e o Judiciário mato-grossense, o Juizado Especial Itinerante (JEI) retorna à cidade de Luciara para atender gratuitamente a população na condição de órgão judicial de proteção às pessoas, desta feita, levando serviços judiciais diretamente às comunidades onde a presença física do judiciário pode ser mais difícil.

O objetivo da parceria entre os poderes é garantir assistência jurídica mesmo em locais remotos do Estado para que a população tenha acesso a soluções para conflitos de menor complexidade, desta feita, promovendo a justiça de forma mais acessível e eficiente.

A presença do JEI na cidade ocorrerá entre os dias 21 a 25 de julho, o atendimento será gratuito e acessível durante todos esses dias para a população, e ocorrerá em frente à Prefeitura Municipal das 08h às 11h e das 14h às 17h.

Entre alguns serviços que serão prestados para a população Luciarense, estarão os seguintes atendimentos: reclamações por cobranças indevidas em contas de telefone, água, luz, internet dentre outras; casos de cobranças indevidas registradas no SPC e Serasa; cobranças abusivas ou indevidas por bancos; cobranças relacionadas a cheques sem fundo ou outros títulos de crédito, como nota promissória; além de orientações sociais e jurídicas.

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O Juizado Especial Itinerante nas pequenas cidades do Estado visa a aproximação da justiça com a população levando serviços judiciais até as comunidades para evitar que os cidadãos precisem se deslocar para centros urbanos para resolver seus problemas. O atendimento presencial é facilitado, e em alguns casos também disponibiliza serviços online, facilitando o acesso à justiça para pessoas com dificuldades de locomoção ou acesso à internet.

As resoluções de conflitos de menor complexidade também estão no radar da justiça, entre elas casos de menor gravidade, como pequenas causas, conflitos de consumo, acidentes de trânsito e outros problemas que podem ser resolvidos de forma mais rápida e informal.

Sempre visando a conciliação, o Juizado Especial busca soluções amigáveis entre as partes envolvidas, incentivando o diálogo para evitar longos processos judiciais e evitar os deslocamentos e processos mais longos, além de contribuir para a redução de custos tanto para o cidadão quanto para o sistema judiciário

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