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PARQUE DA SERRA AZUL-Cratera de origem desconhecida é descoberta em area de incêndio

Formação foi descoberta por brigadistas no Parque Estadual Serra Azul; especialistas foram acionados

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Um buraco com mais de 20 metros de profundidade foi encontrado no Parque Estadual Serra Azul, em Barra do Garças (516 km de Cuiabá), durante operações de combate a um incêndio que duram duas semanas.

O parque informou que o buraco foi descoberto durante a abertura de aceiros, quando um brigadista orientador de máquina visualizou a anomalia.

A assessoria declarou que a formação pode ser anterior à criação do parque, devido à ausência de presença humana significativa na região por anos. A hipótese de que se trate de uma antiga atividade de garimpo é considerada, mas outras origens não foram descartadas.

Especialistas em geologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) foram acionados. Uma visita técnica para avaliação científica será feita quando as condições de segurança no parque forem restabelecidas

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MP teme rompimento de barragem e aciona Justiça para fechar hidrelétrica em MT

Orgão pede bloqueio de R$ 200 milhões para indenizar famílias

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O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) ingressou com uma ação de tutela de urgência cautelar antecedente contra as Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras), a Copel Geração e Transmissão e o Estado de Mato Grosso. A medida está relacionada à Usina Hidrelétrica de Colíder (UHE Colíder), localizada no rio Teles Pires, em razão de uma série de graves problemas estruturais e ambientais.

O MPMT solicita que seja elaborado, no prazo de até 120 dias, um plano de descomissionamento da usina, como medida preventiva em caso de necessidade de desativação.

A ação é assinada pelo procurador de Justiça e coordenador do Centro de Apoio à Execução Ambiental (Caex), Gerson Barbosa, pela promotora de Colíder, Graziella Salina Ferrari, além dos promotores de Nova Canaã (Álvaro Padilha de Oliveira), Cláudia (Edinaldo dos Santos Coelho) e Itaúba (Márcio Schimiti Chueire).

Problemas estruturais

De acordo com técnicos do Caex Ambiental, foram identificados:

  • erosão interna (piping);

  • ausência de instrumentação piezométrica em 14 drenos;

  • falta de peneiras para análise de turbidez em 55 drenos;

  • registros de sobrepressão e necessidade de escoramento em 10 estruturas;

  • rompimento de cinco drenos e tamponamento de outros três.descomissionamento da UHE1.jpg

Esses problemas indicam risco potencial de ruptura da barragem.

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Como medida emergencial, a Eletrobras reduziu o nível do reservatório para aliviar a pressão sobre a estrutura. No entanto, essa ação provocou efeitos ambientais graves, como a morte de mais de 1.500 peixes, alteração na qualidade da água, comprometimento da biodiversidade aquática e prejuízos à fauna migratória.

Impactos ambientais e sociais

A hidrelétrica já havia sido responsável por outras mortandades de peixes no rio Teles Pires: mais de 50 toneladas em 2014, cerca de 2 toneladas em 2018, além de registros não quantificados em 2017.

Segundo a promotora Graziella Ferrari, os impactos vão além das perdas ambientais:

“Verificados riscos sociais em face de problemas estruturais, há também prejuízos para a pesca, a comercialização e a segurança alimentar, além de danos à reprodução das espécies.”

O rebaixamento do reservatório também afetou a economia local. O promotor Márcio Schimiti destacou que, apenas em Itaúba, a atividade pesqueira e o turismo movimentavam entre R$ 10 e 12 milhões por ano. Festivais tradicionais, como o Fest Praia e o Viva Floresta, também foram prejudicados, assim como o modo de vida das comunidades ribeirinhas.

Pedido do MP

Na ação, o MPMT solicita:

  • revisão imediata da licença ambiental pela Sema;

  • atualização dos planos de emergência e contingência;

  • criação de canais de comunicação com a população;

  • instalação de sistemas sonoros fixos de alerta;

  • bloqueio de R$ 200 milhões para reparação de danos já ocorridos e futuros.

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O promotor Álvaro Padilha alertou:

“Há dúvidas sobre a sustentabilidade da usina, tanto ambiental quanto socioeconômica, especialmente pela falta de planejamento estratégico para os empreendimentos hidrelétricos da bacia do Teles Pires.”

Sobre a UHE Colíder

A usina está localizada no rio Teles Pires, sub-bacia do Tapajós, na bacia amazônica. Tem potência instalada de 300 MW, reservatório de 168,2 km² e extensão de 94 km. Iniciou operação em 2019, abrangendo os municípios de Cláudia, Colíder, Itaúba e Nova Canaã do Norte.

A concessão, originalmente da Copel Geração e Transmissão S.A., foi transferida em 30 de maio de 2025 para a Eletrobras.

Outro lado

Em nota, a Eletrobras informou que, desde a aquisição da usina em maio, vem atuando de forma diligente na segurança do empreendimento, do meio ambiente e das pessoas. A empresa afirma ter aprimorado o monitoramento estrutural, implementado diagnósticos e adotado medidas de mitigação.

A companhia sustenta que não há fundamentos para a concessão da cautelar requerida e se colocou à disposição das autoridades.

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