Policial
Autores de crime que resultou em morte de adolescente serão investigados por feminicídio
Apurações apontam que o roubo foi cometido para mascarar a verdadeira intenção dos suspeitos de matar mãe e filha
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Os quatro envolvidos no crime que resultou na morte e ocultação de cadáver da adolescente Heloysa Maria de Alencastro Souza, 16 anos, serão investigados pelos crimes de feminicídio.
Além deste crime, o padrasto da adolescente, B.A.S. e seu filho G.B.J.L.S., de 40 e 18 anos respectivamente, serão autuados por roubo majorado, ocultação de cadáver e corrupção de menores. Já os menores J.V.P.B. e J.L.F.G., de 16 e 17 anos, pelos atos infracionais aos mesmos crimes.
“Não foi o desfecho que nós queríamos. Todos nós queríamos libertar a vítima com vida e levar ela de volta para o seu lar, mas não conseguimos. Então, o que poderíamos dar de resposta à sociedade era todos os suspeitos presos e foi o que aconteceu, em menos de 24 horas”, disse o delegado Cláudio Álvares Sant’Ana, diretor de Atividades Especiais da Polícia Civil.
Os quatro suspeitos estão sendo ouvidos pela Polícia Civil na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERFVA).
“Nós iniciamos o auto de prisão em flagrante pelo crime consumado de feminicídio contra Heloysa, tentado em relação à mãe, ocultação de cadáver e corrupção de menores, tendo em vista que o pai, além de convidar o filho, também chamou dois adolescentes infratores. E a questão do roubo foi só uma simulação para disfarçar essa atuação. O pai convidou o filho já com a intenção de executar não só a Heloysa, mas também a mãe”, disse o delegado Guilherme Bertoli, titular da DERFVA.
O caso
Segundo as investigações da DERFVA, o crime teve início no começo da noite, quando o suspeito B.A.S. foi até a casa da namorada com seu veículo e levou os demais suspeitos, seu filho e dois colegas de escola.
A vítima Heloysa foi assassinada dentro da casa, antes da chegada da mãe e com o padrasto ainda presente. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que a adolescente teve múltiplas lesões pelo corpo, mas a causa da morte foi asfixia por estrangulamento, com um cabo de celular (USB).
Após o feminicídio da adolescente, o padrasto saiu da casa da namorada para atender um chamado de trabalho. Mas, segundo o delegado Guilherme Bertoli, titular da DERFVA, quando ele saiu da residência, ele já sabia que Heloysa estava morta.
A mãe da adolescente demorou para ir para casa. Quando chegou, ela estava acompanhada de uma amiga e um bebê. O filho do namorado estava com o rosto coberto e não foi reconhecido. As duas mulheres foram levadas para um quarto e a mãe não viu a filha. Ela também foi brutalmente espancada. Já a amiga foi poupada por estar com um bebê no colo.
“A mãe demorou para chegar na residência. Os criminosos adentraram, renderam Heloysa e a mãe demorou para chegar na residência. Quando ela chegou, eles partiram para a agressão, ela não sabia que a filha já estava morta. Eles levaram ela para outro quarto e foi então que conseguiram sair com o corpo de Heloysa”, explicou o delegado Guilherme.
Prisão dos suspeitos
As polícias Civil e Militar foram acionadas como um suposto roubo com refém. Segundo as informações do chamado, uma adolescente teria sido levada pelos criminosos no carro da mãe, um HB20, além de materiais como TV, roupas, celulares e R$ 1 mil em espécie.
Diante do sequestro, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi acionado e deu-se início a um trabalho de inteligência entre a Polícia Civil, por meio da DERFVA, e a Polícia Militar, por meio do Bope e do 10º Batalhão da PM.
Com as câmeras do programa Vigia Mais, uma equipe do 1º Batalhão da PM chegou ao veículo da vítima no bairro Ribeirão do Lipa, onde estavam os dois suspeitos. Um deles, de 16 anos, conseguiu fugir nesse momento. Já o outro, de 17 anos, foi capturado. No local, também foram encontrados itens roubados das vítimas.
O adolescente informou quem eram os demais envolvidos no crime e apontou o padrasto da adolescente como mandante. Ao mesmo tempo, a equipe da DERFVA foi até a casa das vítimas e pegou as imagens de câmeras de seguranças de vizinhos, que registraram apenas a saída dos suspeitos, e não a entrada. A única pessoa vista entrando era B.A.S. em seu veículo.
A equipe identificou também que não havia sinais de arrombamento na residência, o que levantou suspeitas sobre como os criminosos haviam entrado no local.
Concomitantemente, o corpo da adolescente Heloysa Maria de Alencastro foi localizado por uma equipe do 10º Batalhão da PM, por volta das 22h20, dentro de um poço com aproximadamente 9 metros de profundidade, em uma região de mata, no bairro Ribeirão do Lipa. O Corpo de Bombeiros foi acionado e retirou o corpo do local.
Com a localização do corpo, as imagens das câmeras de vizinhos e a confissão do adolescente de 17 anos, que também afirmava que o mandante do crime era o padrasto da adolescente, a DERFVA deteve o homem, que estava na UPA Leblon, com a mãe de Heloysa, para tratar dos ferimentos causados pelas agressões.
O suspeito foi informado que precisava ser ouvido e levado para a delegacia. O filho dele foi localizado e preso, pouco depois, na casa da avó. Já o adolescente de 16 anos, que havia fugido, foi encontrado e apreendido no começo da tarde desta quarta-feira (23.4).
O adolescente de 17 anos e o jovem de 18 anos confessaram o crime e estão colaborando com a investigação. Já o padrasto da vítima Heloysa optou por ficar em silêncio.
Apesar de somente o padrasto morar com a adolescente, todos deverão ser indiciados por feminicídio, visto que sabiam que a vítima seria assassinada pela condição de mulher quando foram convidados para cometer o crime.
“A atuação integrada das Forças de Segurança foi decisiva para que essa resposta viesse na velocidade que os senhores puderam acompanhar do momento do crime até esse momento. Os esforços feitos de maneira conjunta, cada instituição cooperando dentro de sua atmosfera, possibilitou que esse resultado pudesse ser alcançado”, disse o coronel Fernando Augustinho de Oliveira Galindo, secretário-adjunto de Integração Operacional da Secretaria de Estado de Segurança Pública.

Policial
Casal do agro é preso por mandar matar advogado; crime custa R$ 200 mil
Policial preso entregou toda trama com provas

A Polícia Civil prendeu no início desta sexta-feira (9) o casal de empresários Cesar Jorge Sechi e Junienere Goulart Bentos, de Primavera do Leste, por supostamente serem os mandantes do assassinato do advogado Renato Gomes Nery, ocorrido em julho de 2024. Segundo a confissão de um dos policiais militares presos durante as investigações relativas ao crime, a dupla teria repassado R$ 200 mil pelo homicídio, mas os executores não receberam todo dinheiro.
O casal havia sido alvo de uma das fases da Operação Office Crime, deflagrada em abril, ocasião em que tiveram determinadas contra eles medidas cautelares como o monitoramento por tornozeleira eletrônica. À época, eles eram investigados como suspeitos de intermediarem o crime, incluindo o repasse da arma de fogo para os executores do advogado.
Um policial que delatou a trama criminosa teria sido um intermediário entre o casal e o executor do crime, que não recebeu o dinheiro prometido pelo crime. A Polícia Civil, inclusive, investiga quem ficou com os R$ 150 mil repassados pelos empresários. Após passarem por audiência de custódia, Cesar Jorge Sechi e Junienere Goulart Bentos devem ficar detidos em uma unidade prisional na região metropolitana.
Renato Nery foi baleado quando chegava no escritório dele. Segundo a Polícia Civil, o atirador já estava esperando pelo advogado e, após atirar, fugiu do local em uma moto. Uma câmera de segurança registrou o momento em que Renato caminha até a porta do escritório, é atingido pelos disparos e cai no chão.
O advogado morreu um dia após ser baleado. O corpo dele foi sepultado em Cuiabá, na manhã do dia 7 de julho. Familiares e amigos prestaram as últimas homenagens. Ele foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) e conselheiro Federal da OAB, na gestão 1989 – 1991.
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