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Bens de traficantes são leiloados e rendem mais de R$ 1 milhão ao estado

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Bens de traficantes apreendidos em operações e diligenciais policiais em Mato Grosso foram leiloados pela Secretaria Nacional de Política sobre Drogas, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), e resultou na arrecadação de R$ 1 milhão, que serão revertidos para investimentos ao Estado.

Conforme os dados repassados pelo Ministério à reportagem do , o montante foi arrecadado só nos 3 primeiros meses de 2020. Ao menos 95 itens foram a leilão, entre eles diversos carros, caminhões, motos, uma casa no município de Várzea Grande e um avião.

E apesar do valor arrecadado, superior a R$ 1 milhão, apenas de 20% a 40% é destinado ao Estado, para ser investido nas forças policiais responsáveis pela apreensão dos bens. “O recurso pode ser utilizado na compra de equipamento e para apoio estrutural da polícia”, explicou a pasta.

O restante, segundo a secretaria, é destinado ao Fundo Nacional Antidrogas (Funad), para investimentos em políticas de prevenção e de combate às drogas em todo o Brasil.

Para se ter uma ideia, um avião modelo Cessna Aircraft ano 1981, apreendido pela Polícia Federal, foi vendido em janeiro por R$ 338 mil – o lance inicial era de 30 mil. Já a casa, no Centro de VG, avaliada em R$ 136.500,00, foi vendida por R$ 200.000,00.

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Esses foram os maiores preços do leilão, seguidos pelos carros, Mercedes Benz – lance inicial de R$ 18 mil e saiu por R$ 35 mil, além de um Corolla, com lance inicial de R$ 6 mil e foi arrematado por 28.800.

Primeiro em arrecadação
De acordo com o Ministério, Mato Grosso foi o estado que mais arrecadou com os leilões. Além do estado, também participaram, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Tocantins, e Santa Catarina, que contribuíram para arrecadar R$ 3.6 milhões com a venda de 530 ativos.

A expectativa é de que até o final do ano, ao menos 100 leilões devem ocorrer em todo o país. “Enquanto estiverem vigentes orientações das autoridades de saúde, destinadas a evitar a transmissão do novo coronavírus, os leilões serão realizados exclusivamente na modalidade eletrônica”, explicou o ministério.

Para acompanhar, é necessário entrar no site do órgão e procurar pelo calendário com as datas, que é publicado periodicamente. Há ainda o Projeto Check In, sistema virtual para inclusão de dados sobre os bens apreendidos. Lá é possível ver os bens que vão a leilão.

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Delegado do “gabinete do crime” é indiciado por corrupção passiva, falsidade ideológica e associação criminosa

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O delegado Geordan Fontenelle, o investigador da Polícia Civil Marcos Paulo Angeli, o advogado Gefferson Cavalcanti Paixão e o garimpeiro Thawe Rodrigues Dorta foram indiciados no âmbito da Operação Diaphthora, deflagrada no dia 17 de março para desarticular esquema de cobrança de propina supostamente liderado por Geordan, orquestrado de dentro de sua sala, classificada pelas investigações como “gabinete do crime”.

Geordan foi indiciado por corrupção passiva (seis vezes), associação criminosa, falsidade ideológica e advocacia administrativa. Segundo principal alvo da operação, Marcos Paulo foi acusado de corrupção passiva (4 vezes) e associação criminosa. O advogado por corrupção passiva (3 vezes) e associação criminosa. O garimpeiro por corrupção passiva.

No decorrer das investigações revelou-se que o delegado, junto com o investigador, negociava fiança de R$ 15 mil para liberar custodiado, confessou receber repasse mensal de R$ 2 mil de cooperativa alvo da Polícia Federal por comercio ilegal de mercúrio e cobrava R$ 10 mil de “diária” para que acusados pudessem ficar em alojamento para policiais na delegacia de Peixoto de Azevedo.

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Interceptações no “gabinete do crime” de Geordan, como seu escritório público era chamado, revelaram que ele e o investigador Marcos combinam o valor de R$ 15 mil para reaver uma caminhonete Ford Ranger a uma vítima de golpe de intermediação de compra a venda de veículo.

Para arbitrar fiança em favor de A.P.G., os dois cobraram R$ 10 mil para liberar o custodiado. Deste total, mil foram usados para a soltura, ao passo que os outros 9 mil foram divididos entre eles e a advogada que acompanhou o custodiado.

Não bastasse, a investigação ainda revelou que Geordan temia os desdobramentos da Operação Hermes II, deflagrada pela polícia federal contra esquema milionário de venda ilegal de mercúrio no país.

Fontenelle confessou receber mensalmente R$ 2 mil da Cooperativa Coogavepe, alvo da PF, e, por conta da operação, provavelmente ocorreria o fim do repasse, já que houve o bloqueio de bens e valores.

Há ainda os R$ 10 mil referente às diárias. Em conversa com Marcos, Geordan sugere que cobrou o valor de suspeito identificado como A.J.S.O., também alvo da Operação Hermes II. No diálogo, o delegado disse que manteve o acusado em alojamento exclusivo para policiais plantonistas.

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Fontenelle saiu hoje da prisão, após quase um mês de detenção, por ordem do Tribunal de Justiça. A Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) concedeu liberdade a ele em sede de habeas corpus. Decisão levou em conta o fim das investigações, conforme parecer do Ministério Público.

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