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TJ confisca casa em condomínio de luxo “vendida” pelo CV por 20% do valor

Atual dono alegou compra de imóvel por boa-fé

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A Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT) manteve o sequestro de um imóvel no condomínio residencial de luxo “Primor das Torres”, localizado em Cuiabá, e que foi habitado pelo “tesoureiro Geral” da facção “Comando Vermelho” em Mato Grosso, Paulo Witer, o “WT”. Os magistrados da Primeira Câmara seguiram por unanimidade o voto do desembargador Marcos Machado, relator de um recurso do atual proprietário do bem sequestrado judicialmente na operação “Apito Final”, que apura os supostos crimes da facção criminosa.

A sessão de julgamento ocorreu na tarde desta terça-feira (15). Nos autos, a defesa do dono que hoje tem a posse do bem argumentou que ele não conheceu, nem teve contato, com Paulo Witer, adquirindo o imóvel de “boa fé”.

O desembargador Marcos Machado, entretanto, esclareceu que a casa do condomínio “Primor das Torres” foi comercializada por uma imobiliária suspeita de lavagem de dinheiro do “Comando Vermelho”, também alvo da operação “Apito Final”. Marcos Machado lembrou que o imóvel foi vendido por “duzentos e poucos mil” e que atualmente é avaliado em R$ 900 mil – ou seja, a casa teria sido adquirida em torno de 20% de seu valor real.

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“Essa casa era habitada por um dos líderes do Comando Vermelho, Paulo Witer, e sua esposa, que havia comprado anteriormente, e por um contrato cujo valor era absolutamente insignificante, do proprietário. Começaram as investigações, surge a venda ao seu cliente por uma imobiliária. A facção usa a imobiliária e usa a garagem para lavagem de dinheiro, isso é inequívoco. E nós não podemos negar que na conta há lavagem de dinheiro. Não estou dizendo que seu cliente esteja nesta situação, mas pode estar”, revelou o desembargador.

O desembargador ainda revelou que o processo principal da operação “Apito Final” já se encontra em suas últimas diligências, o que pode indicar a prolação da sentença em breve. Segundo investigações da Polícia Judiciária Civil (PJC), Paulo Witer usava o time de futebol amador “Amigos do WT” como forma de lavar dinheiro do crime organizado.

Ele foi preso em Maceió (AL) com o jogador Alex Junior Santos Alencar, onde acompanhava um campeonato, no fim do mês de março de 2024, e é apontado como “tesoureiro” do “Comando Vermelho”. A operação cumpriu 25 mandados de prisão e 29 de busca e apreensão, além da indisponibilidade de 33 imóveis, sequestro de 45 veículos e bloqueio de 25 contas bancárias ligadas a um esquema de R$ 65 milhões.

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A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da PJC, revela que Paulo Witer “usava” diversas pessoas – incluindo amigos, familiares e advogados atuando como “laranjas”’ -, para adquirir imóveis, comprar e vender veículos, e também atuar na locação de carros. Conforme as investigações, mesmo sem ter renda lícita, os investigados compraram duas BMW X5, um Volvo CX 60, uma Toyota Hilux, duas VW Amarok, um Jeep Commander, um Mitsubishi Eclipse e um Pajero, além de diversos Toyota Corolla.

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Casal do agro é preso por mandar matar advogado; crime custa R$ 200 mil

Policial preso entregou toda trama com provas

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A Polícia Civil prendeu no início desta sexta-feira (9) o casal de empresários Cesar Jorge Sechi e Junienere Goulart Bentos, de Primavera do Leste, por supostamente serem os mandantes do assassinato do advogado Renato Gomes Nery, ocorrido em julho de 2024. Segundo a confissão de um dos policiais militares presos durante as investigações relativas ao crime, a dupla teria repassado R$ 200 mil pelo homicídio, mas os executores não receberam todo dinheiro.

O casal havia sido alvo de uma das fases da Operação Office Crime, deflagrada em abril, ocasião em que tiveram determinadas contra eles medidas cautelares como o monitoramento por tornozeleira eletrônica. À época, eles eram investigados como suspeitos de intermediarem o crime, incluindo o repasse da arma de fogo para os executores do advogado.

Um policial que delatou a trama criminosa teria sido um intermediário entre o casal e o executor do crime, que não recebeu o dinheiro prometido pelo crime. A Polícia Civil, inclusive, investiga quem ficou com os R$ 150 mil repassados pelos empresários. Após passarem por audiência de custódia, Cesar Jorge Sechi e Junienere Goulart Bentos devem ficar detidos em uma unidade prisional na região metropolitana.

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Renato Nery foi baleado quando chegava no escritório dele. Segundo a Polícia Civil, o atirador já estava esperando pelo advogado e, após atirar, fugiu do local em uma moto. Uma câmera de segurança registrou o momento em que Renato caminha até a porta do escritório, é atingido pelos disparos e cai no chão.

O advogado morreu um dia após ser baleado. O corpo dele foi sepultado em Cuiabá, na manhã do dia 7 de julho. Familiares e amigos prestaram as últimas homenagens. Ele foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) e conselheiro Federal da OAB, na gestão 1989 – 1991.

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