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TJ mantém prisão de vereador acusado de tráfico de drogas

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O desembargador Gilberto Giraldelli, Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) manteve o indeferimento de pedido de habeas corpus da defesa do vereador Roberto Serenini (PL), da cidade de Curvelândia (311 km a oeste de Cuiabá). Ele está preso preventivamente por suposto envolvimento com tráfico de drogas após veículo oficial da Prefeitura ser apreendido com mais de 50 kg de cocaína. Na época ele era Secretário de Saúde do município e teria tentado obstruir as investigações.

A defesa do político alegou “constrangimento ilegal” e falta de fundamentação jurídica válida para a manutenção da prisão preventiva. Na decisão, o desembargador destacou que não há razões que justifiquem modificar o entendimento anteriormente adotado e reforçou que o processo já se encontra apto para julgamento colegiado, ocasião em que as teses da defesa serão analisadas de forma mais ampla

“Sendo assim, mantenho o indeferimento do pleito de concessão liminar da ordem, ressaltando que a providência reconsideratória que ora se rejeita vem de encontro à celeridade que se espera da tramitação de um pedido de habeas corpus”, determinou.

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Conforme noticiou o , Roberto Serenini (PL) foi alvo de uma ação da Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc) quando um micro-ônibus da Secretaria de Saúde de Curvelândia foi abordado por policiais da Denarc na altura do Trevo do Lagarto, em Várzea Grande. Durante a vistoria do veículo, foram apreendidos os 52 quilos de cocaína dentro de caixas de supermercado no bagageiro do veículo oficial.

Serenini era secretário de Saúde do município de Curvelândia e foi exonerado do cargo um dia depois. A medida foi tomada após sua prisão durante a Operação Infirmus, acusado de envolvimento em esquema de tráfico de drogas. A carga foi avaliada em mais de R$ 2 milhões.

Com avanço das investigações, os policiais da Denarc descobriram que no dia anterior à apreensão, o vereador fez contato telefônico com o motorista momentos antes da partida do veículo, além de ter ligado para ele na noite anterior à viagem.

A Polícia ainda recebeu denúncias anônimas que indicavam que o investigado também teria apagado imagens do sistema de videomonitoramento do pátio da Unidade Básica de Saúde, onde o veículo permaneceu estacionado.

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Ex-diretor da Americanas faz delação e detalha envolvimento da cúpula em fraude bilionária

Márcio Cruz Meirelles, ex-diretor estatutário da companhia, é o quarto ex-executivo da companhia a se tornar delator

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O avanço das investigações sobre fraudes contábeis na Americanas ganhou novo fôlego depois que Márcio Cruz Meirelles, ex-diretor estatutário da companhia, fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. Meirelles passa a ser o quarto ex-executivo a colaborar com as autoridades na investigação de denúncias contra antigos gestores da rede varejista.

conteúdo do depoimento do novo delator será incorporado à denúncia formalizada pelo MPF em março, que já envolve outros 12 ex-executivos — incluindo Meirelles — e ex-funcionários. Segundo o MPF, o grupo é acusado de orquestrar fraudes que chegam a R$ 22,8 bilhões. O órgão afirma que as declarações do ex-diretor complementam provas reunidas até aqui

Entre os acusados na denúncia estão Miguel Gutierrez (ex-CEO da Americanas), Anna Saicali (ex-CEO da B2W), Thimoteo Barros e Marcio Cruz, que foram vice-presidentes da companhia. Outros nomes mencionados são os ex-diretores Carlos Padilha, João Guerra, Murilo Correa, Maria Christina Nascimento, Fabien Picavet, Raoni Fabiano, Luiz Augusto Saraiva Henriques, Jean Pierre Lessa, Santos Ferreira e Anna Chritina da Silva Sotero

O depoimento de Meirelles

A delação de Meirelles foi estruturada em quatro partes. Um dos anexos detalha sua relação patrimonial, que servirá de base para definição de multas, além de abordar seu histórico na empresa, incluindo a venda de ações antes da revelação do escândalo. Outros anexos tratam da cultura de pressão por resultados, das primeiras experiências do ex-diretor com práticas irregulares e da própria fraude, com informações sobre os mecanismos do VPC e risco sacado.

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O VPC, utilizado no setor varejista, consiste em contratos que registram créditos para elevar receitas contábeis, enquanto a prática de risco sacado antecipa pagamentos a fornecedores por meio de crédito bancário. Depois da descoberta das irregularidades, a nova administração da Americanas apontou essas ferramentas como instrumentos usados pela gestão anterior para mascarar resultados.

Delação de Meirelles envolve cúpula da Americanas

Nos trechos do depoimento destacados pelo Ministério Público, Meirelles relata episódios que envolvem Miguel Gutierrez. Questionado se o ex-CEO tinha conhecimento das fraudes na B2W, ele afirmou: “Acho que sabia, porque… aí depende do período, né? Tem períodos que a gente tem certeza que sabia”, disse Meirelles, segundo o MPF.

O ex-presidente da Lojas Americanas Miguel Gutierrez mudou-se para a Espanha depois de eclodir o escândalo financeiro da varejista | Foto: Reprodução/YouTube

O ex-diretor declarou ainda: “Um período mais recente ele sabia, com certeza, porque o Marcelo Nunes mostrava para ele, inclusive, os ajustes que eram feitos e também falava diretamente com ele. Depois da combinação [fusão entre B2W e Lojas Americanas], principalmente, de 2021 para a frente”, conforme consta no depoimento.

Sobre o papel de Gutierrez na condução das fraudes, Meirelles foi direto: afirmou que o ex-CEO “era a última palavra ali na nossa estrutura”. Procurada, a defesa de Gutierrez declarou que não pretende comentar.

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O Ministério Público também questionou se o conselho de administração tinha ciência das manipulações financeiras. Meirelles respondeu: “Do conselho, o que eu posso dizer? Essa foi uma pergunta que eu me fiz durante muito tempo. Se o conselho sabia ou não sabia. O que eu tenho de elemento sobre isso? Todas as informações que a gente gerava que iam para o conselho ou para o acionista de referência, no caso Beto, especificamente, elas iam ajustadas. Que eu tenha conhecimento, todas as informações. Sejam informações que eram apresentadas em reunião de conselho, sejam informações que eram passadas e quando eram solicitadas, gerenciais mesmo, a gente já fazia ela se falar com a versão do conselho. Então, todas as informações — que eu tenha conhecimento — eram passadas e apresentadas em uma reunião de conselho, todos os números já ajustados”.

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