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Cattani perde processo contra professora que o chamou de “invasor de terras”

Magistrado criticou deputado, afirmando que parlamentar que não consegue conviver com críticas não deve exercer mandato

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juiz do Núcleo de Justiça Digital do Juizados Especiais, Fábio Petengill, fez duras críticas ao deputado estadual Gilberto Cattani (PL) ao rejeitar o pedido de indenização por danos morais feito pelo parlamentar contra a professora da Unemat, Maria do Socorro de Sousa Araújo, após ela chamá-lo de “invasor de terras”. A decisão foi publicada no dia 8 de abril e nega indenização de R$ 20 mil requerida pelo deputado.

Na decisão, o magistrado destacou que Cattani é um homem público e está sujeito a críticas e manifestações contundentes por suas opiniões e ações, sendo a essência da política ter divergências de pensamento, ou seja, deve estar aberto para “ataques”, caso contrário, trilha caminho errado.

“Um parlamentar que não consegue conviver com as críticas e comentários depreciativos à sua atuação, não está preparado para exercer o seu mandato num país democrático onde as pessoas têm o direito à livre manifestação do pensamento”, diz trecho da decisão.

Cattani deputado ALMT

“A conduta da requerida não ultrapassou a barreira da crítica pela crítica e, apesar de entender desnecessário e frívolo tal ato, está dentro do seu direito de livre manifestação do pensamento, não passível de condenação a título de danos morais, já que a vida em sociedade exige a necessidade de se tolerar situações, manifestações e, inclusive, a existência de pessoas igualmente incômodas. Assim, a improcedência do pedido de danos morais é medida que se impõe”, completa o magistrado.

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A denúncia apontava que a professora Maria do Socorro, em suas aulas, discutiu ações e declarações públicas do deputado pertinentes ao contexto pedagógico estudado, chamando-o de “invasor de terras”. Ao tomar conhecimento, Cattani argumentou que tais discussões constituíam calúnia e solicitou a reparação por danos morais, além de uma retratação.

A defesa da educadora argumentou, durante o processo, sobre a importância do debate acadêmico livre de intimidações e que as discussões em sala de aula, quando pertinentes ao conteúdo do curso, estão protegidas pela liberdade de expressão e de cátedra.

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Cinco de MT votam para não taxar bets, bancos e bilionários

Parlamentares são alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro

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Enquanto a população brasileiro segue pagando até 27% de imposto sobre o consumo, os mais ricos escaparam mais uma vez de contribuir. Com o apoio da bancada bolsonarista de Mato Grosso, formada por Rodrigo da Zaeli, Coronel Fernanda e José Medeiros (todos do PL), além de Coronel Assis e Gisela Simona (ambos do União), que votou nesta quarta-feira (8) para retirar de pauta a Medida Provisória 1303/2025, que previa taxação maior sobre bancos, casas de apostas (bets) e bilionários (BBB). Com 251 votos a favor e 193 contra, a Câmara aprovou o requerimento da oposição ao presidente Lula (PT) que enterrou a proposta antes mesmo de ser votada.

Como a MP perdeu validade à meia-noite de quinta-feira (9), não haveria tempo hábil para nova análise. Se tivesse sido aprovada pelos deputados, o texto ainda precisaria passar pelo Senado.

A medida, considerada essencial para o equilíbrio fiscal de 2026, previa unificar em 18% a tributação sobre aplicações financeiras e aumentar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de instituições financeiras. O governo estimava arrecadar R$ 10,5 bilhões em 2025 e R$ 21 bilhões em 2026, valor reduzido para R$ 17 bilhões após negociações no Congresso.

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Sem esses recursos extras, o Palácio do Planalto deverá bloquear novas despesas, principalmente as emendas parlamentares já em 2025. Para o ano seguinte, será necessário encontrar cerca de R$ 35 bilhões por meio de cortes ou aumento de outros tributos, como o IPI e o IOF.

Enquanto a oposição comemorou a vitória, o relator da MP, Deputado Carlos Zarattini (PT-CE) que criticou a atuação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que, segundo ele, articulou a rejeição com presidentes de partidos de direita e o ‘centrão’, de olho na eventual candidatura para presidente da República em 2026.

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