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Enquanto Congresso discute alívio tributário, prefeito de São Félix do Araguaia aumenta ITR em quase 700%

A prefeitura de São Félix do Araguaia aumentou em quase 700% o valor do ITR (Imposto Territorial Rural), gerando revolta entre os produtores rurais da região.

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Enquanto o Congresso Nacional debate medidas para reduzir a carga tributária sobre os brasileiros, como a proposta de eliminação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), um movimento na contramão vem chamando atenção em Mato Grosso. A prefeitura de São Félix do Araguaia aumentou em quase 700% o valor do ITR (Imposto Territorial Rural), gerando revolta entre os produtores rurais da região.

O ITR, diferente de outros tributos, é arrecadado integralmente pelo próprio município, desde que este esteja conveniado com a Receita Federal, como é o caso de São Félix. Ou seja, toda a receita obtida com esse imposto vai diretamente para os cofres da prefeitura.

A decisão do aumento foi comunicada oficialmente à Receita Federal, o que já gerou reações imediatas de entidades representativas. O Sindicato Rural de São Félix do Araguaia divulgou nota de repúdio, classificando o reajuste como “absurdo e injustificado”, especialmente em um momento em que o setor produtivo enfrenta desafios com custos elevados e instabilidade no campo.

Foco em festas e shows milionários

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A polêmica se acentua diante da forma como a atual gestão municipal tem conduzido os gastos públicos. O prefeito, conhecido por manter forte presença nas redes sociais, já afirmou que, se dependesse dele, o ano teria “365 dias de festa”.

Desde o início do mandato, a prefeitura anunciou diversos eventos festivos, com contratações milionárias de shows artísticos, todos pagos com recursos próprios do município. Um dos eventos, segundo apuração, custou R$ 600 mil aos cofres públicos – valor que não inclui outros gastos com estrutura, segurança e logística.

Produtores rurais criticam a disparidade entre o aumento da arrecadação e a prioridade nos gastos. “Parece que quem tem terra no município é que vai pagar pela farra. Enquanto o país inteiro discute redução de impostos, aqui estamos indo no sentido oposto”, afirmou um proprietário rural que preferiu não se identificar.

Documentos comprovam aumento.

O Sindicato Rural disponibilizou ofícios e planilhas que demonstram a variação expressiva no valor do ITR de um ano para o outro. A análise mostra casos em que o imposto, que antes era de poucos reais por hectare, saltou para valores até sete vezes maiores, sem que houvesse mudança significativa no uso ou valorização da terra.

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Reações e próximos passos

Com o aumento já informado à Receita Federal, os contribuintes devem começar a sentir o impacto nos próximos lançamentos do imposto. O Sindicato e alguns produtores avaliam a possibilidade de entrar com ações judiciais ou pedidos de revisão junto à própria Receita, buscando impedir que o reajuste seja aplicado da forma proposta.

 

Enquanto isso, a população acompanha atônita. Para muitos moradores, o foco em festas, em detrimento de investimentos em saúde, educação e infraestrutura, mostra um descompasso entre arrecadação e prioridades públicas.

 

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Dois prefeitos da região reclamam de antecessores e afirmam ter pegado ‘bomba-relogio’ pronta para explodir

Os dois gestores andam chorando por aí sobre dívidas e falam que estão arrependidos.

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Eleitos com pompa, circunstância e um empurrãozinho generoso dos antecessores, dois prefeitos da região de Barra do Garças-MT estão, segundo dizem por aí, arrependidos até a última célula de terem sido eleitos. A empolgação das urnas virou chororô de gabinete, “recebi dívidas milionárias”, uma bomba-relógio como dizem. A moda agora é culpar quem os apoiou – porque, aparentemente, ninguém avisou que administrar uma cidade não vinha com tutorial no YouTube.

Com apenas seis meses de gestão, os chefes dos Executivos municipais já estão mais exaustos que betoneira em época de concretagem. Aliás, falando nisso… cadê as obras? Nada de cimento, nada de asfalto, nada de máquina acelerando. A gestão virou um eterno mutirão da limpeza. Só falta criar o slogan: “Prefeitura presente, varrendo o passado”.

Um deles, segundo corre nos bastidores, trocou o terço pela calculadora e ainda assim não entendeu nada. Já o outro resolveu cultivar o talento da lamentação pública. Enquanto isso, assessores seguem felizes, devidamente ‘agasalhados’ em cargos e curtindo o ar-condicionado da esperança. E a pergunta que ecoa pelos corredores das câmaras é: se em seis meses já está essa maravilha, imagina em quatro anos? Melhor não imaginar.

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Pra piorar, um dos municípios resolveu que a solução dos problemas estava em multiplicar secretarias – como quem planta bananeira pra resolver a falta de energia. Resultado? A folha inchou, o caixa esvaziou, e o povo ganhou um festival de cargos com aplausos de quem, obviamente, não corre risco de ser demitido. É ou não é um espetáculo?

Fica a dica: talvez seja hora desses gestores fazerem um city tour pelas cidades vizinhas – de preferência, com caderninho na mão – e descobrirem que administrar é mais do que postar selfie com retroescavadeira.

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