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OAB aciona prefeito em MT por xingar advogado de “bunda mole”

Gestor bolsonarista usou várias palavras xulas para ofender o jurista

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O Tribunal de Defesa das Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) instaurou um processo contra o prefeito de Sapezal, Valcir Casagrande (PL), após o gestor chamar o advogado Paulo Grisoste de “bunda mole” e “porta de cadeia” por meio de um áudio em um grupo de WhatsApp. Para a entidade, a atitude é ofensiva e busca macular a imagem do jurista.

Conforme a nota divulgada pela OAB nesta sexta-feira (25), Valcir se referiu ao advogado de forma pejorativa como “advogadinho de porta de cadeia” em um grupo de WhatsApp com mais de 80 pessoas referente ao resultado das eleições municipais. Em Sapezal, o candidato apoiado por ele, Cláudio Scariote (Republicanos), foi eleito com 71,72% dos votos válidos. Na gravação ele aparece ‘zombando’ do advogado que seria do grupo político de algum adversário.

“Ô pessoal esse bunda mole aí não tem o que fazer, esse advogadinho de porta de cadeia, ele está tentando arrumar o dinheiro ali nas costas dos trouxas, aí que tem trouxa, né cara. Trouxa é o que mais tem Sapezal mesmo tem um monte, tem os estufa-urna aí que perderam, tomaram taca de cagar o estufa-urna do buiú, que ia ser eleger fez um monte de besteira, aí 82 votos não veio voto por quilo caboclo ruim no mundo de voto entendeu”, diz trecho do áudio.

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O prefeito segue falando e até familiares e amigos do advogado em questão são mencionados. “Fica esse bunda mole, esse advogadinho, ele vai defender a mãe dele, ele e o padrasto dele que fica bravo que fala da mãe dele, do padrasto dele. […] Não adianta aqui em Sapezal não ganha mais eleição, vocês esquecem que o malandro de Sapezal acabou! Já foi tempo dos vagabundos malandros. O povo acordou e vai valorizar quem trabalha. Malandro esse advogadinho aí, ele tá nas custas caras é o serviço dele né advogadinho porta de cadeia é isso aí mesmo”, dispara o gestor.

A entidade informou que por meio do Tribunal de Defesa das Prerrogativas, já instaurou um processo atendendo determinação da presidência e buscará todos os meios de defender o advogado e as ações necessárias para que providências sejam tomadas em relação ao prefeito Valcir Casagrande.

“A advocacia não se calará. Reitero aqui nosso compromisso de defender cada profissional que, diante de ataques e desqualificações, é alvo de intimidação por exercer com ética e responsabilidade sua função. A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso repudia qualquer tipo de tratamento pejorativo em desfavor da advocacia e não admite generalizações”, afirmou.

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Deputado federal Coronel Assis amarga lanterna em resultado de pesquisa realizada pelo IDOC

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Muitas críticas ao governo federal e pouco trabalho entregue, Assis pode ficar de fora da reeleição. Vírgínia Mendes e Fábio Gárcia são os favoritos

O bolsonarista raiz deputado federal coronel Assis (UB), com base eleitoral em Cuiabá e Várzea Grande, que se elegeu deputado pelo quociente eleitoral em 2022, enfrenta queda de popularidade e risco de não reeleição em 2026. A falta de entregas concretas e o distanciamento das pautas locais têm contribuído para o enfraquecimento de seu apoio político.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto IDOC, divulgada pelo portal O Documento, mostra o coronel Assis na lanterna, na décima primeira posição, com 0,5%, atrás de Vírgínia Mendes, Fábio Gárcia e Gisela Simona do mesmo partido.

O deputado é crítico fervoroso do governo federal, com o mesmo discurso durante quase três anos de mandato, tem colecionado atrasos em suas emendas parlamentares, assim, não sendo possível atender suas bases, deixando a população sem os serviços básicos necessários prometidos durante a campanha.

Ainda segundo fontes, Assis teria perdido um dos seus padrinhos políticos, perdendo força em Várzea Grande.

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O resultado já é o reflexo do abandono e promessas não cumpridas, onde a população já começa a enxergar e cobrar a fatura.

Metodologia

O Instituto IDOC ouviu 600 pessoas de forma presencial entre os dias 11, 12, 13, 14 e 15 de outubro nas cinco regiões da Capital. A pesquisa tem margem de erro de 4% para mais ou para menos. O intervalo de confiança é de 95%.

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