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Padre assassinado no interior de MT é declarado mártir pelo Vaticano 24 anos após morte

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A Igreja Católica reconheceu oficialmente o martírio do padre Nazareno Lanciotti, sacerdote diocesano italiano, missionário no Brasil, que foi assassinado em 2001 por dois criminosos encapuzados que invadiram sua residência. Laciotti era conhecido por causa de sua dedicação pastoral e luta contra injustiças. Com isso, ele poderá ser elevado ao título de beato da igreja por ter morrido em nome da fé.

O reconhecimento de seu martírio pelos dicastérios da Santa Sé, e confirmado pelo Papa Francisco, abre caminho para sua beatificação. No dia 11 de fevereiro de 2001, Nazareno foi brutalmente atacado por uma dupla de criminosos e baleado com um tiro na nuca. Ele ainda sobreviveu por 10 dias, hospitalizado em estado grave, vindo a falecer no dia 22 de fevereiro, aos 61 anos.

Nascido em Roma, em 3 de março de 1940, padre Nazareno foi ordenado sacerdote em 1966. Após alguns anos de ministério na capital italiana, conheceu a Operação Mato Grosso, movimento missionário voltado ao serviço dos mais pobres na América Latina.

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Em 1971, chegou ao Brasil e atuando fortemente na cidade de Jauru, região Oeste de Mato Grosso, Diocese de Cáceres e próximo à fronteira com a Bolívia. Ali, iniciou um fecundo trabalho missionário, sustentado por profunda espiritualidade e ação pastoral.

Durante trinta anos de missão, padre Nazareno fundou a Paróquia Nossa Senhora do Pilar e criou 57 comunidades eclesiais rurais, onde instituiu a adoração eucarística cotidiana. Fundou também um dispensário médico, que se transformaria em um dos hospitais mais ativos da região, além de construir uma casa de repouso para idosos, chamada “Coração Imaculado de Maria”.

Sensível às necessidades das famílias, abriu uma escola para atender centenas de crianças, fornecendo também alimentação para elas, e fundou um seminário menor. Em 1987, ingressou no Movimento Sacerdotal Mariano, tornando-se seu diretor nacional no Brasil. A partir de então, viajou por diversos estados organizando cenáculos de oração e retiros espirituais, incentivando a consagração ao Imaculado Coração de Maria entre sacerdotes e leigos.

Na Arquidiocese de Cuiabá o Movimento Sacerdotal Mariano foi incentivado pelas ações do padre Nazareno. Hoje, o Movimento é um dos organizadores do Vinde e Vede, maior encontro católico de Carnaval da Região Centro-Oeste, fruto de um trabalho iniciado pelo padre, em Cuiabá.

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Padre Nazareno também se destacou por seu compromisso com a justiça social. Denunciou a exploração de crianças e adolescentes, os esquemas de prostituição e tráfico de drogas na região oeste, e confrontou interesses escusos que ameaçavam a dignidade dos mais pobres. Por isso, tornou-se alvo de perseguições e intimidações.

Para Wellynthon Oliveira, responsável pelo Movimento Sacerdotal Mariano no Brasil (MSM), membro do clero da Arquidiocese de Cuiabá, tem acompanhado esse processo da Igreja e celebra, com alegria, o sentimento vivenciado pelos membros do Movimento Mariano. “Recebemos com muita alegria a notícia da promulgação do decreto referente ao martírio do Servo de Deus, padre Nazareno Lanciotti, era o ponto que faltava para a sua beatificação”, afirma o sacerdote.

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Provável substituto do Papa Francisco está definido. Veja quem é!

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A morte do Papa Francisco, aos 88 anos, encerra um papado histórico de mais de 12 anos e marca o início do processo para a escolha do novo líder da Igreja Católica. A comoção global rapidamente deu lugar às discussões sobre o conclave, que deve ser realizado nas próximas semanas na Capela Sistina, reunindo 135 cardeais eleitores com menos de 80 anos.
Entre os nomes mais cotados, o cardeal Peter Turkson, de 76 anos, natural de Gana, se destaca. Caso seja eleito, Turkson será o primeiro papa negro da história moderna da Igreja. Sua trajetória é marcada pela atuação em causas sociais e ambientais, além de sua liderança no Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, órgão criado por Francisco para lidar com temas como pobreza, ecologia e migrações.

Peter Turkson desponta como favorito

Com um perfil progressista e diplomático, Turkson já foi enviado como representante da Santa Sé em missões de paz, como no Sudão do Sul, e é reconhecido por sua postura firme em defesa da justiça social, ao mesmo tempo em que mantém alinhamento com as doutrinas tradicionais da Igreja em temas como o sacerdócio e o matrimônio. Seu nome simboliza uma possível continuidade da linha reformista de Francisco, com um olhar mais global e menos eurocêntrico.

Francisco nomeou 108 dos 135 cardeais eleitores, ampliando a representação de países em desenvolvimento e regiões onde o catolicismo cresce mais rapidamente, como África e Ásia. A Europa, que em 2013 detinha 52% dos votos, agora representa cerca de 39% do colégio eleitoral. A nova configuração aumenta as chances de que o próximo papa não seja europeu — o que favorece nomes como Turkson, o filipino Luis Antonio Tagle e o italiano Matteo Zuppi.

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Outros nomes em destaque

Além de Turkson, figuram entre os possíveis sucessores:

  • Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, conhecido por sua atuação diplomática;
  • Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha, com forte atuação em mediações e justiça social;
  • Luis Antonio Tagle, das Filipinas, próximo do pensamento de Francisco e figura carismática na Ásia;
  • Péter Erdő, da Hungria, representante do segmento mais conservador da Igreja;
  • Raymond Leo Burke, dos EUA, crítico das reformas recentes no Vaticano.

Com a Santa Sé sob responsabilidade do camerlengo Kevin Farrell, o conclave deve ser convocado em até 20 dias. O ritual, envolto em segredo e tradição, definirá não apenas o sucessor de Francisco, mas o futuro imediato da Igreja Católica.

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