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Provável substituto do Papa Francisco está definido. Veja quem é!

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A morte do Papa Francisco, aos 88 anos, encerra um papado histórico de mais de 12 anos e marca o início do processo para a escolha do novo líder da Igreja Católica. A comoção global rapidamente deu lugar às discussões sobre o conclave, que deve ser realizado nas próximas semanas na Capela Sistina, reunindo 135 cardeais eleitores com menos de 80 anos.
Entre os nomes mais cotados, o cardeal Peter Turkson, de 76 anos, natural de Gana, se destaca. Caso seja eleito, Turkson será o primeiro papa negro da história moderna da Igreja. Sua trajetória é marcada pela atuação em causas sociais e ambientais, além de sua liderança no Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, órgão criado por Francisco para lidar com temas como pobreza, ecologia e migrações.

Peter Turkson desponta como favorito

Com um perfil progressista e diplomático, Turkson já foi enviado como representante da Santa Sé em missões de paz, como no Sudão do Sul, e é reconhecido por sua postura firme em defesa da justiça social, ao mesmo tempo em que mantém alinhamento com as doutrinas tradicionais da Igreja em temas como o sacerdócio e o matrimônio. Seu nome simboliza uma possível continuidade da linha reformista de Francisco, com um olhar mais global e menos eurocêntrico.

Francisco nomeou 108 dos 135 cardeais eleitores, ampliando a representação de países em desenvolvimento e regiões onde o catolicismo cresce mais rapidamente, como África e Ásia. A Europa, que em 2013 detinha 52% dos votos, agora representa cerca de 39% do colégio eleitoral. A nova configuração aumenta as chances de que o próximo papa não seja europeu — o que favorece nomes como Turkson, o filipino Luis Antonio Tagle e o italiano Matteo Zuppi.

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Outros nomes em destaque

Além de Turkson, figuram entre os possíveis sucessores:

  • Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, conhecido por sua atuação diplomática;
  • Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha, com forte atuação em mediações e justiça social;
  • Luis Antonio Tagle, das Filipinas, próximo do pensamento de Francisco e figura carismática na Ásia;
  • Péter Erdő, da Hungria, representante do segmento mais conservador da Igreja;
  • Raymond Leo Burke, dos EUA, crítico das reformas recentes no Vaticano.

Com a Santa Sé sob responsabilidade do camerlengo Kevin Farrell, o conclave deve ser convocado em até 20 dias. O ritual, envolto em segredo e tradição, definirá não apenas o sucessor de Francisco, mas o futuro imediato da Igreja Católica.

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Quem é o novo papa? Conheça Robert Francis Prevost, o Leão XIV, sucessor de Francisco

Papa americano tem 69 anos, nasceu em Chicago e é visto como um reformista, alinhado à linha de abertura implementada por Francisco

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A tão esperada fumaça branca que anuncia a eleição do novo papa foi expelida nesta quinta-feira (8) da chaminé da capela Sistina, no segundo dia de conclave. O cardeal Robert Francis Prevost foi eleito pelos colegas e será conhecido a partir de agora como Leão XIV.
Ele foi escolhido por pelo menos 89 dos 133 cardeais – dois terços dos eleitores do conclave – e será o sucessor do papa Francisco na Cátedra de São Pedro.

 

Papa americano

Nascido em Chicago, nos Estados Unidos, Prevost tem 69 anos e se torna o primeiro papa norte-americano da história da Igreja. É também o primeiro pontífice vindo de um país de maioria protestante.
Apesar da origem norte-americana, Prevost construiu grande parte de sua trajetória religiosa na América Latina, especialmente no Peru. Foi lá que se destacou até alcançar os cargos mais altos da Cúria Romana.
Ao ser eleito, ocupava duas funções importantes no Vaticano: prefeito do Dicastério para os Bispos — órgão responsável pela nomeação de bispos — e presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina.

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De perfil discreto e voz tranquila, Prevost costuma evitar os holofotes e entrevistas. No entanto, é visto como um reformista, alinhado à linha de abertura implementada por Francisco. Tem formação sólida em teologia e é considerado um profundo conhecedor da lei canônica, que rege a Igreja Católica.
Entrou para a vida religiosa aos 22 anos. Formou-se em teologia na União Teológica Católica de Chicago e, aos 27, foi enviado a Roma para estudar direito canônico na Universidade de São Tomás de Aquino.
Foi ordenado padre em 1982 e, dois anos depois, iniciou sua atuação missionária no Peru — primeiro em Piura, depois em Trujillo, onde permaneceu por dez anos, inclusive durante o governo autoritário de Alberto Fujimori. Prevost chegou a cobrar desculpas públicas pelas injustiças cometidas no período.
Em 2014, foi nomeado administrador da Diocese de Chiclayo, cargo em que foi ordenado bispo e permaneceu por nove anos. Nesse período, enfrentou a principal crise de sua trajetória: em 2023, três mulheres acusaram Prevost de acobertar casos de abuso sexual cometidos por dois padres no Peru, quando elas ainda eram crianças.
Segundo as denúncias, uma das vítimas telefonou para Prevost em 2020. Dois anos depois, ele recebeu formalmente os relatos e encaminhou o caso ao Vaticano. Um dos padres foi afastado preventivamente e o outro já não exercia mais funções por questões de saúde. A diocese peruana nega qualquer acobertamento e afirma que Prevost seguiu os trâmites exigidos pela legislação da Igreja. O Vaticano ainda não concluiu a investigação.Cardeal Robert Francis Prevost, dos EUA, em 30 de setembro de 2023. — Foto: Foto AP/Riccardo De Luca
 

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