Religião

Veja quem são os brasileiros que podem participar do Conclave

Brasil tem sete cardeais com menos de 80 anos aptos a votar na escolha do novo papa. Processo deve começar em até 20 dias após a morte de Francisco.

Publicados

Religião

Sete cardeais brasileiros estão na lista do Vaticano para participar do Conclave, que é a eleição que definirá o novo pontífice. Com a morte do papa Francisco, nesta segunda (21), o processo deve começar em até 20 dias.

Pelas regras da Igreja Católica, apenas cardeais com menos de 80 anos podem votar. Entre os oito cardeais brasileiros, sete atendem a esse critério. Confira a lista:

O único cardeal brasileiro que não poderá participar do Conclave é Raymundo Damasceno, arcebispo emérito de Aparecida, de 87 anos. Ainda assim, ele será convidado a integrar o Colégio dos Cardeais, que discutirá assuntos inadiáveis da Igreja até a escolha do novo papa

No total, segundo o Vaticano, 135 cardeais estão aptos a participar da votação. Veja a seguir a trajetória dos brasileiros que poderão integrar o Conclave.

Jaime Spengle

O arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da CNBB, Dom Jaime Spengler, em entrevista coletiva a jornalistas na cobertura da 60ª Assembleia Geral da CNBB. — Foto: Jaison Alves/CNBB Sul 4

Jaime Spengler é o atual presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre. Natural de Gaspar (SC), ele tem 64 anos e iniciou sua vida religiosa na década de 1980, ao ingressar na Ordem dos Frades Menores.

Spengler cursou Filosofia e Teologia, sendo ordenado padre em novembro de 1990, em Gaspar. Mais tarde, obteve o título de doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma.

Leia Também:  Promessa é inaugurada em Angola, 17º país a receber a mensagem promessista no mundo

Ainda como padre, atuou em missões pelo Brasil por meio da Ordem dos Frades Menores. Em 2010, foi nomeado bispo auxiliar pelo Papa Bento XVI.

Desde 2013, Spengler ocupa o cargo de arcebispo de Porto Alegre, após ser nomeado pelo Papa Francisco. Em dezembro do ano passado, foi nomeado cardeal em uma cerimônia realizada em Roma.

Odilo Scherer

O cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, prega durante a celebração da missa de Corpus Christi na Praça da Sé — Foto: Alexandre Moreira/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo

Odilo Scherer é o atual arcebispo de São Paulo e tem 75 anos. Natural de Cerro Largo (RS), ingressou no seminário de São José, em Curitiba, em 1963. Estudou Filosofia e Teologia, obtendo os títulos de mestre e doutor pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

Foi ordenado padre em 1976, em Quatro Pontes (PR), e passou mais de 30 anos atuando no oeste do Paraná, onde também foi reitor e professor nos seminários de Cascavel e Toledo.

Em 2002, foi nomeado bispo auxiliar de São Paulo. No ano seguinte, assumiu o cargo de secretário-geral da CNBB. Em 2007, tornou-se arcebispo de São Paulo e foi criado cardeal.

Ao participar do Conclave de 2013, Scherer foi considerado um dos favoritos para ser eleito papa.

“Eu ri bastante. Tinha um conclave que se fazia fora da Capela Sistina, e não foi o conclave que elegeu o Papa”, afirmou o religioso na época.

 

Em 2024, Scherer anunciou que havia pedido renúncia do cargo de arcebispo de São Paulo, conforme a norma da Igreja para bispos que completam 75 anos. Ele deverá permanecer à frente da arquidiocese até 2026.

Leia Também:  Inmet emite alerta laranja de baixa umidade em 113 cidades de MT; veja lista

Orani Tempesta

 

Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta — Foto: Alexandre Durão/G1

Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta — Foto: Alexandre Durão/G1

Orani Tempesta é o atual arcebispo do Rio de Janeiro e tem 74 anos. Nascido em São José do Rio Pardo (SP), em junho de 1950, entrou para a Ordem Cisterciense e foi ordenado padre em dezembro de 1974.

Em abril de 1997, foi ordenado bispo e assumiu a arquidiocese de São José do Rio Preto (SP).

Em 2004, Tempesta foi transferido para Belém, onde atuou como arcebispo, permanecendo na cidade por quase cinco anos, até assumir a Arquidiocese do Rio de Janeiro.

Foi uma das lideranças responsáveis pela organização da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, evento que marcou a primeira viagem internacional do Papa Francisco — e também a única vez em que o pontífice esteve no Brasil.

Em 2014, Tempesta foi criado cardeal pelo Papa Francisco. Ele também exerce a função de grão-chanceler da PUC-RJ e de outras três instituições de ensino superior.

Paulo Cezar Costa

 

Dom Paulo Cezar Costa — Foto: Reiza Lopes/Divulgação

Dom Paulo Cezar Costa — Foto: Reiza Lopes/Divulgação

Paulo Cezar Costa é o atual arcebispo de Brasília e tem 57 anos. Nascido em Valença (RJ), cursou Filosofia e Teologia em seminários no estado do Rio de Janeiro. Também é mestre e doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

Foi ordenado sacerdote em 1992 e, ainda na década de 1990, atuou na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Vassouras (RJ).

No início dos anos 2000, foi professor na PUC-RJ, chegando a coordenar o Departamento de Teologia. Também lecionou no Instituto Superior de Teologia da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro e no Instituto de Filosofia e Teologia Paulo VI, em Nova Iguaçu.

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

Religião

Quem é o novo papa? Conheça Robert Francis Prevost, o Leão XIV, sucessor de Francisco

Papa americano tem 69 anos, nasceu em Chicago e é visto como um reformista, alinhado à linha de abertura implementada por Francisco

Publicados

em

A tão esperada fumaça branca que anuncia a eleição do novo papa foi expelida nesta quinta-feira (8) da chaminé da capela Sistina, no segundo dia de conclave. O cardeal Robert Francis Prevost foi eleito pelos colegas e será conhecido a partir de agora como Leão XIV.
Ele foi escolhido por pelo menos 89 dos 133 cardeais – dois terços dos eleitores do conclave – e será o sucessor do papa Francisco na Cátedra de São Pedro.

 

Papa americano

Nascido em Chicago, nos Estados Unidos, Prevost tem 69 anos e se torna o primeiro papa norte-americano da história da Igreja. É também o primeiro pontífice vindo de um país de maioria protestante.
Apesar da origem norte-americana, Prevost construiu grande parte de sua trajetória religiosa na América Latina, especialmente no Peru. Foi lá que se destacou até alcançar os cargos mais altos da Cúria Romana.
Ao ser eleito, ocupava duas funções importantes no Vaticano: prefeito do Dicastério para os Bispos — órgão responsável pela nomeação de bispos — e presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina.

Leia Também:  Gestão José Bueno inaugura campo society em Campinápolis e da inicio a campeonatos municipal

De perfil discreto e voz tranquila, Prevost costuma evitar os holofotes e entrevistas. No entanto, é visto como um reformista, alinhado à linha de abertura implementada por Francisco. Tem formação sólida em teologia e é considerado um profundo conhecedor da lei canônica, que rege a Igreja Católica.
Entrou para a vida religiosa aos 22 anos. Formou-se em teologia na União Teológica Católica de Chicago e, aos 27, foi enviado a Roma para estudar direito canônico na Universidade de São Tomás de Aquino.
Foi ordenado padre em 1982 e, dois anos depois, iniciou sua atuação missionária no Peru — primeiro em Piura, depois em Trujillo, onde permaneceu por dez anos, inclusive durante o governo autoritário de Alberto Fujimori. Prevost chegou a cobrar desculpas públicas pelas injustiças cometidas no período.
Em 2014, foi nomeado administrador da Diocese de Chiclayo, cargo em que foi ordenado bispo e permaneceu por nove anos. Nesse período, enfrentou a principal crise de sua trajetória: em 2023, três mulheres acusaram Prevost de acobertar casos de abuso sexual cometidos por dois padres no Peru, quando elas ainda eram crianças.
Segundo as denúncias, uma das vítimas telefonou para Prevost em 2020. Dois anos depois, ele recebeu formalmente os relatos e encaminhou o caso ao Vaticano. Um dos padres foi afastado preventivamente e o outro já não exercia mais funções por questões de saúde. A diocese peruana nega qualquer acobertamento e afirma que Prevost seguiu os trâmites exigidos pela legislação da Igreja. O Vaticano ainda não concluiu a investigação.Cardeal Robert Francis Prevost, dos EUA, em 30 de setembro de 2023. — Foto: Foto AP/Riccardo De Luca
 

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

POLICIAL

CIDADES

POLÍTICA

MAIS LIDAS DA SEMANA