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A vacina e a economia

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Qualquer doença, as mais graves, ainda mais uma pandemia, afetam gravemente não só a saúde, mas também a economia. Tratar com urgência e eficácia a doença, implica também em evitar graves danos à economia.

Quando a pandemia do coronavírus começou a se alastrar na Àsia e países da Europa, o governo do Brasil teve tempo para se preparar, evitar muitas mortes e maiores danos à economia. Mas não foi o que ocorreu.

O governo Bolsonaro desde o início desdenhou a pandemia. Primeiro afirmando se tratar de uma gripezinha, que poderia abalar apenas maricas. Contrário às orientações cientificas, não implementou normas preventivas como o isolamento social, o uso de mascaras. Pior ainda, demitiu ministros da saúde que procuravam implementar essas medidas, promoveu aglomerações, inúmeras declarações e atitudes que potencializaram a pandemia.

O resultado é catastrófico. Estamos chegando a 200 mil mortes e já são quase 8 milhões de infectados.

Na economia o estrago também tem sido grande. Cerca de 1 milhão de empresas fecharam, mais 1,6 milhões foram desempregadas, gasto de 550 bilhões entre auxilio emergencial e outras despesas. O PIB deve ficar negativo em torno de 5%.

No entanto, países que que adotaram medidas rígidas de isolamento social, testagem em massa, fechamento de estabelecimentos não essenciais, tiveram baixos números de mortos e infectados. A China, com população sete vezes maior que o Brasil, o número de mortos não chegou a 5 mil e de infectados em menos de 100 mil. Na economia o PIB caiu de 5,6 para cerca de 2%, continuando com crescimento positivo.

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Quando uma segunda onda da pandemia assolava os países europeus, aqui Bolsonaro declarava que ela estaria no final.

Novamente, ao invés de tomar as providencias necessárias, desdenhou da necessidade da vacinação, em clara disputa política com governantes que querem adquirir vacinas.

Cerca de 40 países já estão em processo acelerado de imunização da sua população. O Estado de Israel já vacinou metade da população. Aqui Bolsonaro, querendo isentar de sua responsabilidade, diz que não comprou insumos e nem vacinas, porque os laboratórios “maiores interessados” é que deveriam procurá-lo. Como se as farmácias é que deveriam procurar os doentes.

Em consequência dessas atitudes insanas os hospitais e UTIs já estão lotadas novamente e o número de mortes já atinge mais de 1 mil pessoas por dia.

Se não forem tomadas medidas drásticas de isolamento, circulação, testes e vacinação em massa, como em outros países, no Brasil o número de mortes e infectados atingirá cifras aterrorizantes.

A economia que reaquecia, principalmente devido ao auxílio emergencial aprovado pelo Congresso, agora cortado pelo governo, e com a nova onda do coronavirus, deverá entrar em queda acentuada.

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Bolsonaro já deu inúmeras mostras que não tem maior preocupação com a pandemia, se vão morrer mais ou menos pessoas. Ele mesmo já disse que um dia todos vão ter que morrer, e que não é milagreiro e nem coveiro.

A prioridade de Bolsonaro é a sua reeleição. Para isso distribui cargos e dinheiro de emendas ao Centrão na esperança de conquistar a Câmara e o Senado, dominar o Congresso. Ai como um ditador, terá o caminho livre para junto com Paulo Guedes aprovar mais medidas ante populares, garantir o pagamento dos juros aos agiotas, entregar a Petrobras, Eletrobras e outras empresas essenciais ao desenvolvimento do Brasil.

Esse é o verdadeiro projeto do atual governo, para atender o mercado, os banqueiros, agiotas, madeireiros, garimpeiros, grileiros, outros pilantras e alienados que lhe dão sustentação.

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Driblando o tempo: a arte de esvaziar a cabeça

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O tempo tem se tornado, a cada dia que passa, um dos mais preciosos recursos das nossas vidas. Quase não temos tempo para nada, já repararam? Muitas vezes, chegamos tão cansados em casa, alimentamo-nos no automático, nem ao menos conversamos com quem está ao nosso lado e já nos preparamos para um novo dia, tudo de novo, cheio de agendas e compromissos! A gente não tem mais tempo para nada!

Aí fica aquele questionamento: o tempo que mudou, nós que estamos mais acelerados, ou antes não percebíamos a mudança do tempo em si? E de fato, sim, estamos vivendo o tempo de forma mais acelerada. Gosto muito de me referir à pesquisa de Schumann para exemplificar esse contexto.

Schumann demonstrou que a Terra é cercada por um imenso campo eletromagnético pulsante, que funciona como se fosse o coração do planeta. Essa frequência de ressonância de 7,83 Hz, medida desde 1952, vem alterando significativamente desde 2014, quando o Observatório Russo do Sistema Espacial (Russian Space Observatory System) exibiu um aumento repentino de até 16,5 Hz. Recentemente, inclusive, a frequência chegou a mais de 30 Hz.

E é aí que vivenciamos essa aceleração cotidiana. Essa vibração do planeta é o que nos mantém seguros das interferências e velocidades de todo o movimento do universo. Esse anel energético, essa aura ao redor da Terra, nos mantém numa vibração segura. No entanto, essa alteração no sistema energético tem modificado profundamente a vida no planeta, e isso inclui o tempo.

Não há uma resposta científica, ainda, que explique o porquê de a frequência da Terra estar aumentando, mas as consequências podem ser sentidas na velocidade das coisas, como o descongelamento acelerado das geleiras, as estações descompensadas e até os ciclos das chuvas que não obedecem mais a nenhum cenário meteorológico. Enfim, nós temos hoje 24 horas, que não são mais iguais às 24 horas de antes.

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Eu vejo isso no terreno biológico e orgânico. As pessoas estão envelhecendo mais rápido, àquelas que não têm condições de comprar as melhores e mais tecnológicas dietas ou mesmo fazer procedimentos estéticos, estão sim envelhecendo rápido! Estamos em um ritmo tão acelerado que temos visto jovens sofrendo AVCs e outras doenças cardíacas.

Então, o que podemos fazer em relação a esse ritmo? Acho que, primeiramente, temos que ter consciência que se nós continuarmos nessa velocidade, não vamos resistir! Estamos tão envoltos de informação, imersão, atualização, de uma forma tão frenética e assustadora, com um lançamento todo dia, uma novidade a cada minuto e, onde a gente vai guardar tudo isso? Precisamos mesmo guardar?

Este desespero para saber de tudo e ficar antenado com tudo tem enchido a cabeça das pessoas a um nível que ser humano nenhum dá conta, ficamos perdidos, perambulando, sentindo que estamos para trás, defasados, fora do mundo. Na verdade, precisamos é esvaziar a cabeça, precisamos de ócio produtivo, precisamos dar importância às pausas para que as respostas passem pelas sinapses e possam ter um canal para chegar.

Tal como existem adeptos a outros estilos de vida, é necessário adotarmos uma atitude mental diferente, mais pausada. Por exemplo, eu entendo que o burnout dentro da empresa se deve ao fato de que além de trabalhar na empresa, você vive a empresa, mas existe todo um processo de vida que está fora do seu ambiente de trabalho. E podemos analisar se estamos tendo espaço ao que realmente importa nesta vida.

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As pessoas têm acumulado tantas coisas, uma luta incessante para ter sucesso, para ser rentável, para ser “útil” com o objetivo de alcançar uma qualidade de vida. Isso está equivocado, não é a renda maior que vai dar a qualidade de vida, mas sim a simplificação do que é viver.

Do jeito que estamos andando a cabeça não tem pausa, o fígado e o estômago não têm pausa, enfim, estamos afoitos até na hora de falar, parece que estamos falando sem parar, desesperadamente, como se não houvesse mais tempo. A cabeça não está parando no mesmo lugar, ela está ali pensando em centenas de coisas ao mesmo tempo, no que será feito depois do depois. O organismo inteiro descompensa, daí parece que estamos sofrendo um ataque cardíaco.

Aí eu pergunto, que tipo de vida é essa? A gente fala de prisão para quem não tem liberdade, mas que liberdade é essa que estamos criando? Estamos alimentando uma prisão de hábito cotidiano que não é preciso e temos que ter noção que estamos caminhando para o adoecimento.

Tendo consciência disso, eu tenho que olhar para dentro e observar o que eu posso simplificar, o que eu devo valorizar, em que devo “perder” meu tempo. Temos que buscar o estado flow, que é estar presente no presente, que é ouvir a respiração, olhar para o céu, sentar e conversar com alguém, amar. O tempo tem passado acelerado, mas cabe a nós gastá-lo com o que realmente vale a pena viver.

Sonia Mazetto, É Gestora de Potencial Humano, Terapeuta Integrativa, Fonoaudióloga e Palestrante

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