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Lula homologa 2 terras indígena no Brasil, entre elas a Comandante Fontoura em MT

Expectativa era que fossem homologadas seis áreas, mas, segundo o presidente, processo esbarrou na burocracia e em pedidos por mais tempo da parte de governadores. Homologação é a penúltima parte do processo de demarcação.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) homologou nesta quinta-feira (18), em cerimônia em Brasília, duas terras indígenas. São elas: Aldeia Velha, na Bahia, e Cacique Fontoura, no Mato Grosso. A homologação é a penúltima parte do processo de demarcação (leia mais abaixo).

A expectativa era que o governo homologasse seis áreas, como foi anunciado na semana passada.

“Eu sei que vocês estão com certa apreensão, porque vocês estavam esperando seis terras indígenas. E nós decidimos assinar duas. Eu sei que isso frustrou alguns companheiros. Eu fiz isso para não mentir a vocês. É melhor a gente resolver o problema ao invés de assinar”, disse Lula.

 

Segundo o presidente o processo esbarrou na burocracia e em pedidos por parte de governadores por mais tempo. O presidente ainda disse que houve governador que sequer recebeu a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, para tratar do assunto.

“Teve o governador que não atendeu a Sônia [Guajajara]. Mas, agora, nós vamos chamar esse governador aqui para ter uma conversa com ele e mostrar que nós precisamos resolver da melhor maneira possível. A gente não quer briga, nem para prejudicar o indígena, e, também, não quer prejudicar um trabalhador rural”, pontuou.

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Ainda de acordo com o presidente, o governo precisa ter o cuidado para oferecer às pessoas que estão ocupando as terras indígenas “uma possibilidade”.

Nós temos algumas terras que estão ocupadas. Algumas por fazendeiros, outras, por gente comum, possivelmente tão pobre quanto nós. Têm umas que tem 800 pessoas que não são indígenas ocupado, têm outras que tem mais gente. E têm alguns governadores que pediram um tempo para gente saber como é que a gente vai tirar essas pessoas, porque eu não posso chegar lá com a polícia e ser violento com as pessoas que estão lá”, argumentou.

A homologação das duas áreas correu durante a reunião do Conselho Nacional de Política Indigenista, que, segundo Lula, vai funcionar como uma espécie de “Comissão da Verdade” da política indigenista — comparando o colegiado ao criado em 2012 para apurar os crimes da ditadura militar.

Ainda de acordo com o presidente, esse conselho vai orientar as decisões do governo nas discussões relacionadas aos povos originários.

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Demarcações

 

No ano passado, o governo brasileiro terminou 2023 com um saldo de oito territórios demarcados, um pouco mais da metade dos 14 esperados pelo movimento indígena.

As demarcações de 2023 foram as primeiras homologadas desde 2018. Primeiro, em abril, o presidente Lula homologou a demarcação de seis territórios em seis estados: Arara do Rio Amônia (AC), do povo Arara, Kariri-Xocó (AL), do povo Kariri-Xocó, Rio dos Índios (RS), do povo Kaingang, Tremembé da Barra do Mundaú (CE), do povo Tremembé, Avá-Canoeiro (GO), do povo Avá-Canoeiro e Uneiuxi (AM), do povo Maku Nadëb.

Depois, em setembro, o governo homologou a demarcação de mais duas terras indígenas: Acapuri de Cima, no Amazonas, e Rio Gregório, no Acre. A homologação fez parte das celebrações pelo Dia da Amazônia e pelo Dia Internacional da Mulher Indígena.

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Medida Provisória reduzirá a tarifa de energia elétrica

MP vai estabelecer uma operação financeira em que o governo federal se compromete a usar os recursos da privatização da Eletrobrás para quitar alguns empréstimos, que hoje estão embutidos na conta de luz dos consumidores.

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participou, nesta terça-feira, 9 de abril, no Palácio do Planalto, da cerimônia de assinatura da Medida Provisória das Energias Renováveis e da Redução Tarifária na região Amazônica. O evento também contou com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin e os ministros Waldez Góes, da Integração e do Desenvolvimento Regional, Alexandre Silveira, de Minas e Energia, Rui Costa, da Casa Civil) e Fernando Haddad (Fazenda).

Também estiveram na cerimônia, os governadores Clécio Luís, do Amapá, Elmano de Freitas, do Ceará, Rafael Fonteles, do Piauí, a governadora de Pernambuco em exercício, Priscila Krause, senadores e prefeitos.

O documento tem um novo foco: a redução dos preços da conta de luz em todo o país. A ideia é reduzir a tarifa de todos os consumidores residenciais em até 5%. Para tanto, a MP vai estabelecer uma operação financeira em que o governo federal se compromete a usar os recursos da privatização da Eletrobrás para quitar alguns empréstimos, que hoje estão embutidos na conta de luz dos consumidores.

O ministro Waldez Góes ressaltou a importância da assinatura da Medida Provisória: “É dia de colheita de bons frutos em nosso país, sob o comando do presidente Lula, que incentiva a geração de energias renováveis no Brasil e atenua o impacto da tarifa de energia em uma das regiões mais vulnerável do nosso país: a Amazônia Legal”. E prosseguiu: ‘É construção de uma nação mais justa socialmente, com mais igualdade entre as pessoas e menos disparidades entre o nível de desenvolvimento nas nossas regiões”.

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Os efeitos da MP, aliás, devem ser sentidos em até 60 dias depois da assinatura da MP. Neste mês de abril, o governo federal vai seguir aplicando os descontos da Tarifa Social de Energia Elétrica. Trata-se de um benefício social que faz abatimentos de até 65% na conta de luz para algumas famílias. O foco do projeto está justamente nas pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Investimentos

Durante a cerimônia, o ministro ressaltou: “A Medida  Provisória incentiva a geração de energia renovável para o país e atenua o impacto para os consumidores da tarifa de energia em uma das regiões mais vulneráveis do nosso país, a Amazônia Legal. Por um lado, buscamos atrair investimentos em projetos de geração de energia limpa, para expandir o nosso quadro de transmissão e fortalecer a nova indústria verde, que se estabelece no Brasil, viabilizando a nossa participação proativa na agenda internacional de transição energética. O apagão que sofremos, em 2020, mostrou a gravidade da situação em que vivíamos e a fragilidade a que chegou o nosso sistema energético, sem equipamentos que assegurassem a continuidade do serviço em uma situação emergencial. O Amapá viveu dias de desespero, na escuridão e sem comunicação, em meio à pandemia da Covid.

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E também lembrou um passado ainda muito presente: “O apagão que sofremos, em 2020, mostrou a gravidade da situação em que vivíamos e a fragilidade a que chegou o nosso sistema energético, sem equipamentos que assegurassem a continuidade do serviço em uma situação emergencial. O Amapá viveu dias de desespero, na escuridão e sem comunicação, em meio à pandemia da Covid”. E concluiu: “Estamos colhendo justiça, mais equilíbrio na federação brasileira e estamos, sobretudo, colhendo mais igualdade regional. Essa é missão que me foi confiada pelo presidente Lula, e tenho certeza de que é a direção certa, o rumo certo para o nosso país. Fé no Brasil, fé no presidente Lula. Viva o Amapá, viva a Amazônia”.

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