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Modelo que mora em Nova York assume romance com indígena de Mato Grosso

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Morando em Nova York há 15 anos, a modelo catarinense Aline Weber enfrenta dois dias inteiros de viagem para ver o namorado indígena, Pigma Amary, que mora em Amaru, uma aldeia localizada no Parque Nacional Indígena do Xingu, em Mato Grosso. O casal está junto desde meados de 2018 e, segundo a modelo, foi amor a primeira vista. “Parece clichê, mas quando nos olhamos eu senti algo muito forte. Era como se já nos conhecêssemos”, diz Aline.

O romance começou quando Aline participou do Quarup, tradicional ritual indígena de homenagem aos mortos do Alto Xingu. A modelo contribuiu para que alguns indígenas da região pudessem ir até a cerimônia. Aline sai de Nova York, vai até Canarana (827 Km de Cuiabá) e em seguida segue de barco por mais seis horas até a aldeia.

Ela e Pigma passaram oito dias na mesma aldeia, mas apenas trocaram olhares. Só quando retornaram a Canarana é que iniciaram o romance. Desde então os dois se vêem com frequência e se falam todo dia por chamadas de vídeo. Ela afirma que Pigma é uma das pessoas mais tranqüilas que ela já conheceu.

Aline já desfilou para marcas como Armani, Marc Jacobs, Stella McCartney e Saint Laurent e fez dezenas de campanhas e capas de revista. Ela viaja quase que o tempo todo e tem um estilo de vida que considera “corrido e às vezes estressante”. Pigma, na outra mão, nunca saiu do Brasil – mas está tirando passaporte para visitá-la. Tantas diferenças assustaram amigos e conhecidos da top model. “Muita gente achou uma loucura. Me perguntavam como eu conseguia levar a relação. Mas nunca liguei porque sempre gostei muito dele”, diz.

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A relação fez crescer o interesse de Aline pela cultura indígena. Ela defende a política de demarcações de novas reservas (que considera um dos maiores patrimônios do Brasil), acha que a fiscalização do agronegócio na região é falha, já contribuiu com a construção de poços artesianos no Alto Xingu e defende que as pessoas comam menos carne como uma forma de preservar o meio ambiente.

“Na aldeia eu vi como na cidade não damos valor a coisas simples, como a água. No Xingu o rio é poluído por agrotóxicos e muitas nascentes são usadas ilegalmente pra irrigar plantações de soja. É difícil para eles e isso nos faz dar valor a coisas simples”, afirma.

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Professor Wanderley Wasconcelos lança novo livro em Barra do Garças

Romance ambientado no Vale do Araguaia é a nona obra do escritor torixorino

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O escritor torixorino Wanderley Wasconcelos lança, amanhã (23), o livro Beco das Almas, às 19h, no anfiteatro Fernando Peres de Farias, em Barra do Garças. Durante o evento, o autor também irá realizar uma sessão de autógrafos.

Em sua nona obra, professor Wanderley, como é conhecido por suas centenas de alunos na região da ‘Grande Barra’, apresenta um enredo ambientado no Vale do Araguaia, oferecendo ao leitor uma oportunidade de “se reencontrar com o infinito sertão brasileiro que não obedece aos limites geográficos”, conforme descreve o escritor e pesquisador Eduardo Mahon, em texto suplementar nas abas do livro.

Ao Semana7, o autor revela suas expectativas sobre o novo romance que teve processo de desenvolvimento de quase quatro anos. “Espero que os leitores encontrem a eventual beleza que eu tenha colocado no contexto do livro, as tramas, o contexto linguístico da região, os ditos populares que captei e traduzi nas minhas personagens”, diz.

Wasconcelos também afirma não se envaidecer com o lançamento do livro e nem o considera uma conquista isolada. “Um livro, como qualquer outra expressão de arte, é um manifesto da sociedade. […] faço parte da comunidade e acho que isso é uma conquista da sociedade. Aqui mesmo, próximo a Barra do Garças, há comunidades indígenas, por exemplo, que têm a cultura oral como sua construção de cidadania”.

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A obra é distribuída pela Carlini & Carniato Editora, de Cuiabá, com incentivos do edital Estevão de Mendonça de Literatura Mato-grossense, da Secretaria de Estado, Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) e tem prefácio do mestrando em Estudos Literários pela Unemat e poeta Glauber Lauria.

Ainda no mesmo evento, o escritor Paulo Antônio Filho lançará seu livro “Final de Travessia”, distribuído pela Calendas Editorial, de Cuiabá, também com incentivos da Fundação Estevão de Mendonça de Literatura Mato-grossense e Secel-MT.

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