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Trump não resiste liga pra Lula e conversam por telefone em meio a tarifaço sobre produtos brasileiros

Possibilidade de um encontro entre Lula e Trump foi anunciada no mês passado pelo líder americano durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

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presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na manhã desta segunda-feira, 6 de outubro, telefonema do presidente Donald Trump, dos Estados Unidos. Em tom amistoso, os dois líderes conversaram por 30 minutos, quando relembraram a boa química que tiveram em Nova York por ocasião da Assembleia Geral da ONU. Os dois presidentes reiteraram a impressão positiva daquele encontro.

O presidente Lula descreveu o contato como uma oportunidade para a restauração das relações amigáveis de 201 anos entre as duas maiores democracias do Ocidente. Recordou que o Brasil é um dos três países do G20 com quem os Estados Unidos mantêm superávit na balança de bens e serviços. Solicitou a retirada da sobretaxa de 40% imposta a produtos nacionais e das medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras.
O presidente Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar sequência às negociações com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ambos os líderes acordaram encontrar-se pessoalmente em breve. O presidente Lula aventou a possibilidade de encontro na Cúpula da Asean, na Malásia; reiterou convite a Trump para participar da COP30, em Belém (PA); e também se dispôs a viajar aos Estados Unidos.
Os dois presidentes trocaram telefones para estabelecer via direta de comunicação. Do lado brasileiro, a conversa foi acompanhada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, os ministros Mauro Vieira, Fernando Haddad, Sidônio Palmeira e o assessor especial Celso Amorim.

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A repercussão internacional do discurso de Lula na Assembleia Geral da ONU

Brasil foi o primeiro país a discursar no evento de alto nível, parte de uma tradição de longa data que remonta aos primeiros anos das Nações Unidas

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A imprensa internacional repercutiu o fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Assembleia Geral das Nações Unidas nesta terça-feira, 23. O Brasil foi o primeiro país a discursar, uma tradição de longa data que remonta aos primeiros anos da ONU, e foi seguido pelos Estados Unidos, país sede do encontro de alto nível. A reunião ocorre no pior momento das relações entre EUA e Brasil — uma crescente deterioração tornada nítida nos comentários do petista aos 193 países da organização.

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O jornal britânico The Guardian disse que Lula “lançou uma defesa apaixonada da democracia de seu país, alegando que a recente condenação de seu antecessor de extrema direita, Jair Bolsonaro , mostrou ao mundo como ‘aspirantes a autocratas’ podem ser subjugados”. A reportagem também informou que “em uma referência inconfundível, mas indireta, ao governo Trump, Lula criticou as tentativas estrangeiras de interferir no recente julgamento de Bolsonaro com uma campanha de pressão de tarifas e ‘sanções arbitrárias’.”

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Já o jornal americano The New York Times publicou uma matéria com o título “Trump adota tom mais suave em relação ao Brasil, após discurso contundente de Lula”. O texto apontou que o “presidente Trump pareceu oferecer um ramo de oliveira ao Brasil na terça-feira, sinalizando que planeja se encontrar com o presidente do país, Luiz Inácio Lula da Silva, na semana que vem, pela primeira vez desde que uma crise diplomática eclodiu entre as duas nações mais populosas do Hemisfério Ocidental”.

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“Seus comentários (os de Trump) seguiram um discurso de abertura mordaz do Sr. Lula na Assembleia, que pareceu mirar indiretamente o líder americano e suas exigências para suspender o processo criminal do ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de Trump, no Brasil. Bolsonaro foi recentemente condenado por supervisionar um plano de golpe após perder as eleições presidenciais de 2022, e foi sentenciado a 27 anos de prisão”, relembrou o NYT.

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Com título “Lula inicia Assembleia Geral da ONU com provocação a Trump”, a agência de notícias americana Bloomberg destacou que “a reunião deste ano ocorreu em um momento especialmente tenso, com as duas maiores nações das Américas em conflito sobre o destino do ex-presidente Jair Bolsonaro — um aliado de Trump condenado por tentar um golpe contra Lula” e pintou o clima de tensão: “Embora o discurso de Lula tenha ecoado os comentários que ele vem fazendo desde que Trump disparou sua primeira salva comercial para defender Bolsonaro, os holofotes globais do pódio da ONU podem desencadear uma nova escalada entre Brasília e Washington”.

 

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