Jurídico
TCE suspende licitação de R$ 252 milhões para implantação de energia solar após identificar falhas em edital
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A decisão liminar, assinada pelo conselheiro Antonio Joaquim, aponta falhas graves que comprometem a legalidade e a competitividade do processo.
Segundo o relator, a licitação apresentou irregularidades como ausência de estudo técnico preliminar, uso indevido da modalidade pregão para serviços de engenharia complexos e exigências restritivas que podem ter limitado a participação de concorrentes.
A representação que motivou a suspensão foi apresentada por outro consórcio participante, que apontou restrições no edital e inconsistências que inviabilizaram a competição. O documento também falhava ao não definir regras claras para a participação de consórcios, o que levou à inabilitação de seis das sete empresas antes mesmo da fase de lances, restando apenas uma proposta habilitada.
O conselheiro considerou ainda que o edital impôs exigências econômico-financeiras desproporcionais, como capital social mínimo de 4% do valor estimado do contrato e índices de liquidez acima de 2,0, sem justificativas técnicas. Outro ponto questionado foi a falta de parcelamento do objeto, que reuniu diferentes serviços, instalação de usinas solares e levantamento de iluminação pública, em um único lote, medida considerada restritiva à competitividade.
Ao deferir a medida cautelar, Antonio Joaquim avaliou que a continuidade do pregão poderia causar “danos irreparáveis ou de difícil reparação aos cofres públicos”, diante do alto valor envolvido e do risco de adesão de outros órgãos ao registro de preços.
Com isso, o presidente do CIDESAT, Jadilson Alves de Souza, deverá suspender imediatamente o pregão e todos os atos dele decorrentes até o julgamento final do caso. O processo seguirá para análise da Secretaria de Controle Externo de Obras e Infraestrutura do TCE, que fará a instrução completa e apresentará parecer sobre o mérito da representação.

Jurídico
Barroso anuncia aposentadoria do STF: ‘Hora de seguir outros rumos’
Barroso presidiu o STF nos últimos dois anos, até a semana passada, quando ele concluiu o mandato à frente da Corte e passou o comando para o ministro Edson Fachin. Ministro fez discurso de despedida com voz embargada.

O ministro Luís Roberto Barroso anunciou nesta quinta-feira (9) sua aposentadoria do Supremo Tribunal Federal (STF).
O anúncio foi feito no fim da sessão do STF. Ele afirmou que deve trabalhar no tribunal até semana que vem, e depois se despedirá.
O ministro fez a declaração da saída com voz embargada, se interrompeu algumas vezes para tomar água e brincou dizendo que, apesar disso, tinha se preparado para este momento.
O ministro afirmou que é hora de tomar novos rumos, que ele não sabe quais são, mas indicou, por exemplo, que quer dedicar mais tempo à literatura.
“Sinto que agora é hora de seguir outros rumos, que nem sei se estão definidos. Não tenho qualquer apego ao poder e gostaria de viver um pouco mais a vida que me resta, sem as disposições, obrigações e exigências públicas do cargo — com mais literatura e poesia.
Ele já indicou que pretende lançar um livro de memórias e se dedicar aos estudos.
O ministro afirmou que sua decisão de sair da Corte não tem nada a ver com nenhuma circunstância da política atual.
“Nada tem a ver com qualquer fato da conjuntura atual. Há cerca de dois anos, comuniquei o presidente da República dessa intenção”, informou.
Barroso presidiu o STF nos últimos dois anos, até a semana passada, quando terminou ele concluiu o mandato à frente da Corte e passou o comando para o ministro Edson Fachin.
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Barroso anuncia aposentadoria no STF — Foto: Reprodução
O ministro vinha deixando em aberto se continuaria ou não no STF após deixar a Presidência. Pela lei, ele poderia ficar na Corte até 2033, quando completará 75 anos — idade limite do funcionalismo público.
Em seu discurso, ele afirmou que não se arrepende das decisões tomadas em sua trajetória.
“Todos nós aqui julgamos causas difíceis, complexas, com interesses múltiplos, e cada um procura fazer o melhor. De minha parte, ao longo desses anos, diante de questões delicadas, estudei e refleti sobre a coisa certa a fazer. E fiz. Não carrego arrependimentos”, afirmou.
Ao final de seu discurso, Barroso lembrou dos ataques antidemocráticos contra as instituições republicanas, especialmente ao STF. Ele afirmou que a história fará justiça ao trabalho dos ministros na defesa da democracia.
“Com altivez, mas sem bravatas, cumprimos com honra o nosso destino. A história nos dará o crédito, devido e merecido. Deixo o tribunal com o coração apertado mas com a consciência tranquila de quem cumpriu a missão de sua vida. Não foram tempos banais, mas não carrego comigo nenhuma tristeza ou mágoa. A afetividade é uma das energias mais poderosas do universo. Fico feliz por deixar aqui amigos queridos e boas lembranças. O STF continuará a ser o guardião da constituição e um dos protagonistas na democracia”, despediu-se Barroso.
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