Jurídico
FARDA MANCHADA- PM demite 1° sargento condenado por tortura, mas mantém aposentadoria
Militar conseguiu manter aposentadoria de R$ 9,7 mil também por decisão judicial
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O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Jonildo José de Assis, publicou no Diário Oficial do Estado (Iomat) uma portaria de demissão do 1º sargento N.S.S., de 52 anos, em decorrência de uma condenação em ação penal pelo crime de tortura. O militar integra os quadros de militares inativos do Estado, com um subsídio mensal de R$ 9,7 mil.
Em relação à aposentadoria, ele continuará recebendo o benefício, pois já processou o Estado em 2015 e obteve sentença favorável contra decisão que havia cassado sua aposentadoria por causa da condenação criminal. Ele reivindicou um pagamento de R$ 278,6 mil e obteve decisão para receber 60 salários-mínimos que correspondiam à época em que a ação foi ajuizada, em 29 de setembro de 2015, ao valor de R$ 47,2 mil.
Conforme o documento, a demissão do sargento das fileiras da Polícia Militar atende determinação judicial no processo em que foi condenado a quatro anos e oito meses de prisão no regime inicialmente fechado em razão do crime de tortura praticado se vavendo da função de policial militar.
Na sentença, assinada pelo juiz Francisco Ney Gama, da Vara Única de Brasnorte, em outubro de 2009, foi determinada a perda da função pública do condenado e interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena estipulada. Ou seja, pelo período de nove anos e quatro meses.
A portaria de demissão assinada pelo comandante-geral da Polícia Militar determina que o comandante do ex-militar realize o recolhimento do fardamento e dos apetrechos que pertença à Fazenda Pública Estadual e que estejam sob a posse do ex- 1º sargento remetendo ao setor de identificação da PMMT e para a Superintendência de Apoio Logístico e Patrimônio (Salp) num prazo de cinco dias após a publicação em diário oficial para a remessa.
Também foi determinado que a Diretoria de Gestão de Pessoas adote as providências junto a Mato Grosso Previdência (MT PREV) para manutenção dos proventos do ex sargento em atenção à determinação do Juizado Especial da Fazenda Pública de Cuiabá.
CONDENAÇÃO POR TORTURA
A ação penal contra o militar foi ajuizada em março de 2007 pelo Ministério Público Estadual (MPE). Conforme a peça acusatória, no dia 25 de março de 2007, por volta das 19 horas, no interior do Batalhão da Policia Militar, o denunciado submeteu a vítima, um homem que estava em seu poder, com emprego de violência, a intenso sofrimento físico e mental, desferindo-lhe socos, golpes com cacetete e pontapés.
As agressões causaram lesões nas regiões da face, couro cabeludo, membros superiores e inferiores, dentre outras apontadas no exame de corpo delito, causando perigo de vida, por contusão crânio politraumativa, como forma de aplicar-lhe castigo pessoal.
Segundo a denúncia, logo após parar seu carro particular atrás do veiculo conduzido pela vítima, que estava parado em um “pit stop” na avenida principal, gritou para ele “sai daí seu vagabundo, você está interditando o trânsito”, identificando-se como sargento da Polícia Militar. A vítima disse que já iria sair, pois estavam terminado de escrever no seu carro. O militar não estava fardado e por isso não foi reconhecido como um policial militar.
O militar e a vítima seguiram com os carros, sendo que o sargento desceu numa lanchonete e telefonou para outros dois policiais militares para que conduzissem a vítima até o Núcleo da Policia Militar. Após constatar que o carro da vítima estava com a documentação regular, o home foi levado na viatura até o batalhão, pois o sargento “queria conversar com ele”.
Ainda de acordo com a denúncia, ao chegarem no destacamento da Polícia Militar, o sargento encostou seu veículo particular ao lado da viatura e abordou a vítima já partindo para o ataque. O militar desferiu um soco no ouvido esquerdo, dizendo “precisa estar fardado para bater em você”. Depois passou a desferir outros socos e utilizou um cassetete para espancar a vítima dentro de um quarto do destacamento policial. O sargento foi condenado enquanto os outros dois militares também denunciados, acabaram absolvidos na ação penal.
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Presidente do TJ-MT admite que lista tríplice da OAB é “imprevísivel”
Votação acontecerá na próxima segunda
Os seis concorrentes à vaga de desembargador pelo Quinto Constitucional da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso (OAB/MT) ainda não conseguiram se reunir com todos os 36 desembargadores que votarão para a formação da lista tríplice, que será encaminhada ao governador Mauro Mendes (União) para sua escolha e nomeação. A Gazeta conversou com as advogadas e advogados que concorrem para saber como será sua última semana de campanha, na busca pelos votos dos magistrados da Corte Estadual, já que a sessão de votação ocorrerá no próximo dia 3 de novembro.
Jamille Adamczyk, que foi a mais votada da lista sêxtupla, afirma que busca conquistar votos e que já conversou com dezenas de desembargadores. “Cada diálogo tem me permitido refletir não apenas sobre o sistema de Justiça, mas também sobre a nossa sociedade e os desafios que enfrentamos enquanto Estado e enquanto cidadãos”, disse.
Ela afirmou que ainda tem agendado outras conversas e que acredita que a escolha final do nome “refletirá o desejo do Tribunal e, principalmente, as necessidades da sociedade”. A advogada Michelle Dorileo conta que sua campanha segue tranquila e que sua apresentação aos desembargadores tem sido muito bem recebida.
“Ainda não consegui falar com todos, devido a conflitos de agenda, mas o percurso está avançando da melhor forma”, justificou. “As expectativas, naturalmente, são as melhores. Sigo confiante e, sobretudo, muito grata por ter chegado até aqui”, completou. A terceira concorrente mulher, Juliana Zafino, também está em fase de conclusão nas visitas aos desembargadores, e que isso ocorrerá nos próximos dias.
“A expectativa é que cada magistrado e magistrada conheça minha trajetória, os valores que defendo e a visão que tenho sobre o papel da advocacia no fortalecimento do Judiciário”, destacou. Já entre os homens o advogado Ricardo Almeida, considerado favorito, diz estar honrado em participar desse processo e por ter sido escolhido pelos representantes da Ordem.
“Tenho procurado e visitado todos os desembargadores em seus gabinetes no sentido de demonstrar o nobre propósito que me sinto imbuído nessa jornada, com o respeito e a convicção que o cargo pretendido exige”. Já Sebastião Monteiro diz estar confiante e que sido bem recebido pelos desembargadores, ‘muitos dos quais conhecem minha trajetória como advogado e minha passagem pelo Tribunal Regional Eleitoral’.
“Acredito que estarei entre os nomes que comporão a lista tríplice. E caso tenha a graça de ser nomeado, pretendo exercer a missão com dedicação, probidade e imparcialidade — pilares essenciais para promover não apenas a estabilidade interna do Poder Judiciário e a harmonia entre as instituições públicas, mas, sobretudo, a pacificação social, que é o verdadeiro escopo da Justiça”, finalizou.
Dauto Passare também confirmou que está concluindo suas visitas aos desembargadores. “Ao submeter meu nome à apreciação desta Egrégia Corte do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, reafirmo meu compromisso com a magistratura e com o fortalecimento do Judiciário”.
A presidente da OAB/MT, Gisela Cardoso, afirmou que a entidade contribuiu com o processo ao realizar a votação de lista sêxtupla com lisura, principalmente, respeitando a paridade gênero, já que 50% da lista é composta por mulheres. O presidente do TJMT, José Zuquim Nogueira, afirmou que espera uma votação tranquila da lista tríplice, e afirmou que qualquer tentativa de antecipar o resultado seria impossível. “Esse tipo de votação e escolha é imprevisível. Existem vários fatores”, se limitou a dizer.
O governador Mauro Mendes (União) foi procurado, por meio da assessoria de imprensa, e não se manifestou.
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